A temporada 2020/2021 da Fórmula E começa neste fim de semana com a disputa de uma rodada dupla na sexta-feira e no sábado, no circuito montado nas ruas de
Redação Publicado em 25/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 12h57
A temporada 2020/2021 da Fórmula E começa neste fim de semana com a disputa de uma rodada dupla na sexta-feira e no sábado, no circuito montado nas ruas de Riad, na Arábia Saudita. Dois brasileiros estão entre os 24 participantes da sétima temporada da categoria de carros elétricos: Lucas di Grassi, campeão em 2016/2017, e Sérgio Sette Câmara, que faz seu primeiro campeonato completo. A competição passa a ter o status de Mundial chancelado pela Federação Internacional de Automobilismo, como a F1 e Mundiais de Rali, Endurance e Kart.
Por enquanto, estão marcados seis eventos, mas dois deles, na Arábia Saudita e no Chile, terão duas provas, o que por enquanto deixa o campeonato com oito corridas. Outros seis países (Alemanha, Inglaterra, China, Coreia do Sul, México e Estados Unidos) ainda podem receber a categoria neste ano, mas dependem da evolução dos casos de coronavírus – só a França já teve a etapa cancelada.
O SporTV2 transmite o treino oficial da primeira etapa, na sexta, a partir das 10h, e corrida a partir das 14h. No sábado, o treino e corrida da segunda etapa serão transmitidos no mesmo horário. Bruno Fonseca narra e Felipe Giaffone e Rafael Lopes comentam as duas corridas.
Começa o Mundial de Fórmula E com transmissão no SporTV
CALENDÁRIO DA FÓRMULA E – TEMPORADA 2020/2021
DATA | PAÍS | CIDADE |
26 DE FEVEREIRO | ARÁBIA SAUDITA | RIAD |
27 DE FEVEREIRO | ARÁBIA SAUDITA | RIAD |
10 DE ABRIL | ITÁLIA | ROMA |
24 DE ABRIL | ESPANHA | VALÊNCIA |
8 DE MAIO | MÔNACO | MONTE CARLO |
22 DE MAIO | MARROCOS | MARRAKESH |
5 DE JUNHO | CHILE | SANTIAGO |
6 DE JUNHO | CHILE | SANTIAGO |
Confira a seguir um guia com as principais informações da temporada:
Nas etapas com apenas uma corrida, a única atividade no primeiro dia (sexta-feira) é uma rápida sessão de dez minutos para a checagem de componentes. No segundo dia (sábado), são disputados dois treinos livres (45 e 30 minutos, respectivamente), classificação e corrida. Já os eventos com duas provas têm uma ligeira diferença: no dia da segunda corrida, é realizada apenas uma sessão livre antes da classificação.
A classificação tem um formato diferenciado em relação a outras categorias como a F1. Os 24 pilotos são divididos em seis grupos de quatro de acordo com a classificação do campeonato, ou seja, com os mais bem colocados entrando na pista no último grupo – na etapa inicial, é considerada a tabela da temporada anterior. Os seis mais rápidos – levando-se em conta os tempos dos quatro grupos – avançam à Super Pole, na qual são decididos os seis primeiros lugares do grid.
O formato é muito parecido com o da Fórmula 1, com os dez primeiros colocados somando pontos, no esquema 25-18-15-12-10-8-6-4-2-1, e o dono da melhor volta da prova levando um ponto extra desde que termine no top 10. No entanto, há outras duas bonificações em jogo: três pontos para o pole position e um para quem fizer a volta mais rápida na fase de grupos na classificação.
Continuam valendo dois artifícios que podem ser utilizados pelos pilotos durante as corridas da Fórmula E, o Fan Boost e o Modo Ataque. Em ambos, os pilotos podem contar com mais potência em seus carros para efetuarem ultrapassagens ou ganhar velocidade.
O Fan Boost é usado desde a primeira temporada e consiste num acionamento de um modo que permite o uso de mais energia ao carro durante cinco segundos. Os cinco pilotos mais votados pela internet ganham esse disparo e podem conseguir mais velocidade num momento específico ou mesmo para tentar uma ultrapassagem.
Já o Modo Ataque pode ser acionado duas vezes durante a corrida quando o piloto acessa um canto da pista pré-determinado fora da trajetória normal. Após o acionamento, o carro ganha dois minutos de energia extra (35 kW), nos quais se pode ganhar tempo sobre os adversários tanto para atacar um outro piloto quanto para se defender de uma investida.
O chassi da temporada passada será mantido, já que, com a pandemia de Covid-19, o novo modelo Gen3 EVO da Spark teve sua estreia adiada para o campeonato seguinte. Desde que a segunda geração dos modelos da Fórmula E estreou, ficou dispensada a troca de carros durante as corridas, já que a autonomia das baterias foi melhorada. A potência é de 350 kW em modo de classificação e 300 kW em corrida.
O equilíbrio foi enorme na pré-temporada realizada em Valência, com quatro equipes diferentes liderando os dias de testes e apenas 0s761 separando todos os 24 pilotos.
Com o mesmo chassis para todas as equipes, o trem de força (com os componentes que geram a energia que move o carro) é o grande diferencial para que os times tenham a competitividade desejada. Devido à crise econômica, foram dadas aos fabricantes três opções: seguir com o trem de força usado na temporada 2019/20, adotar um pacote novo para durar pelas próximas duas temporadas ou adiar a introdução de novas peças para mais tarde nesta temporada 2020/21, começando o campeonato com o pacote antigo.
Audi, Porsche, Jaguar, Mahindra, BMW, NIO e Mercedes decidiram reformular seus trens de força, enquanto Penske, Nissan e Techeetah optaram por começar o campeonato com suas unidades antigas. Além dessas dez equipes de fábrica, a Venturi usa trens de força da Mercedes, enquanto a Virgin tem como fornecedora a Audi.
Segundo maior vencedor da história da Fórmula E, com dez vitórias, Lucas di Grassi parte para sua sétima temporada consecutiva como piloto da Audi. Com 32 pódios, um recorde na categoria, Di Grassi ficou entre os três primeiros no campeonato em cinco das seis temporadas disputadas, tendo, além do título em 2016/17, dois vices (2015/16 e 2017/18).
Em busca do bicampeonato, o brasileiro terá como companheiro de equipe o alemão Rene Rast, que, já no meio da última temporada, substituiu o também alemão Daniel Abt.
Reserva das equipes RBR e AlphaTauri na Fórmula 1 no ano passado, o mineiro Sérgio Sette Câmara parte para sua primeira temporada completa, depois de ter participado das últimas seis etapas em 2019/20 pela Dragon.
A equipe passa a se chamar Dragon/Penske – a companhia do lendário Roger Penske já fabricava o trem de força. O suíço Nico Muller será o companheiro de equipe de Sette Câmara.
Além de Lucas di Grassi, a Fórmula E contará em seu grid com outros três campeões: o português Antônio Félix da Costa, dono do título na temporada 2019/20, o suíço Sebastien Buemi, campeão em 2015/2016, e o francês Jean-Eric Vergne, único bicampeão da história da categoria, em 2017/18 e 2018/19. Primeiro campeão da Fórmula E, em 2014/15, Nelsinho Piquet está na Stock Car.
Atual bicampeã de equipes e tricampeã de pilotos, a Techeetah conta justamente com Vergne e Da Costa como seus representantes. Juntos, os dois conquistaram 12 vitórias para o time somando-se as últimas quatro temporadas.
Outro que aposta na continuidade é Buemi, que vai para sua sétima temporada consecutiva pela mesma equipe. Da primeira à quarta temporadas, o time se chamava Renault e.dams, e depois a nomenclatura mudou para Nissan e.dams. Buemi é o maior vencedor da Fórmula E, com 13 vitórias. Além de um título, o suíço tem três vice-campeonatos.
Dono de nove vitórias na Fórmula E, o inglês Sam Bird deixou a equipe Virgin, rumo à Jaguar – o neozelandês Nick Cassidy ficou com a vaga. Ex-Fórmula 1, o alemão Pascal Wehrlein substituirá o suíço Neel Jani na Porsche. Após a aposentadoria do belga Jerome D’Ambrosio, a Mahindra tem uma nova dupla, formada pelos ingleses Alexander Sims e Alex Lynn.
Sem Felipe Massa, que se transferiu para a Stock Car, a Venturi promoveu D’Ambrosio para ser o chefe da equipe, que terá o suíço Edoardo Mortara e o francês Norman Nato como pilotos.
EQUIPES E PILOTOS DA FÓRMULA E – TEMPORADA 2020/2021
EQUIPE | TREM DE FORÇA | PILOTOS |
TECHEETAH | DS | ANTÔNIO FÉLIX DA COSTA (PORTUGAL) E JEAN-ERIC VERGNE (FRANÇA) |
NISSAN E.DAMS | NISSAN | SEBASTIEN BUEMI (SUÍÇA) E OLIVER ROWLAND (INGLATERRA) |
MERCEDES | MERCEDES | STOFFEL VANDOORNE (BÉLGICA) E NYCK DE VRIES (HOLANDA) |
VIRGIN | AUDI | NICK CASSIDY (NOVA ZELÂNDIA) E ROBIN FRIJNS (HOLANDA) |
BWW ANDRETTI | BMW | MAXIMILIAN GUNTHER (ALEMANHA) E JAKE DENNIS (INGLATERRA) |
AUDI | AUDI | LUCAS DI GRASSI (BRASIL) E RENÉ RAST (ALEMANHA) |
JAGUAR | JAGUAR | SAM BIRD (INGLATERRA) E MITCH EVANS (NOVA ZELÂNDIA) |
PORSCHE | PORSCHE | PASCAL WEHRLEIN (ALEMANHA) E ANDRE LOTTERER (ALEMANHA) |
MAHINDRA | MAHINDRA | ALEX LYNN (INGLATERRA) E ALEXANDER SIMS (INGLATERRA) |
VENTURI | MERCEDES | EDOARDO MORTARA (SUÍÇA) E NORMAN NATO (FRANÇA) |
DRAGON/PENSKE | PENSKE | SÉRGIO SETTE CÂMARA (BRASIL) E NICO MULLER (SUÍÇA) |
NIO | NIO | TOM BLOMQVIST (INGLATERRA) E OLIVER TURVEY (INGLATERRA) |
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Fonte: GE – Globo Esporte.
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