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Fnac tira site do ar e fecha última loja no Brasil

A rede de livrarias e produtos eletrônicos Fnac encerrou as atividades do seu site nesta semana. E deixou a seguinte mensagem: “Agradecemos todos os clientes

Fnac tira site do ar e fecha última loja no Brasil
Fnac tira site do ar e fecha última loja no Brasil

Redação Publicado em 19/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 13h59


Rede havia fechado suas últimas lojas em funcionamento na cidade de São Paulo em setembro. Livraria Cultura, de propriedade da família Herz, comprou em julho do ano passado as operações da Fnac.

A rede de livrarias e produtos eletrônicos Fnac encerrou as atividades do seu site nesta semana. E deixou a seguinte mensagem: “Agradecemos todos os clientes e amigos que nos apoiaram até aqui. Estamos prontos para receber vocês no site e lojas da Livraria Cultura.”

Os clientes que têm pedidos em andamento podem acessar um link que permaneceu no site da Fnac para obter informações. Existe ainda um e-mail para quem tiver dúvidas, que remete à Livraria Cultura – a empresa da família Herz comprou a rede em julho do ano passado.

E a última loja da rede foi fechada na segunda-feira (15), localizada no Shopping Flamboyant, em Goiânia. No lugar, será aberta no primeiro semestre de 2019 um nova loja da rede da Livraria Cultura. As últimas lojas de São Paulo haviam sido fechadas em setembro. A rede tinha 12 lojas em 7 estados.

Em nota, a Livraria Cultura informou que a inauguração tem o propósito de investir em lojas que ofereçam grandes experiências com foco na melhoria de serviços, já que as lojas físicas se tornaram pontos de lazer e entretenimento em um mundo cada vez mais conectado, com aumento do consumo pelo e-commerce.

A rede francesa Fnac pagou R$ 130 milhões para vender a subsidiária brasileira para a família Herz, após acumular queda nas vendas e dívidas no país. Os franceses colocaram dinheiro para conseguir se desfazer do negócio.

Em fevereiro de 2017, a Fnac anunciou a intenção de se retirar do Brasil, ao mesmo tempo em que indicou que a companhia havia registrado um resultado líquido em equilíbrio (zero) em 2016, depois que o modelo de negócios de lojas amplas e baixo giro de estoque se tornou cada vez mais insustentável em meio à pior recessão vivida pelo Brasil.

Protesto de ex-funcionários

Na terça-feira (16), os funcionários demitidos das unidades da Avenida Paulista e do Shopping Morumbi da rede de livrarias e produtos eletrônicos Fnac fizeram um protesto na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, em São Paulo. Eles reivindicaram o pagamento de direitos trabalhistas.

Eles foram recebidos por um representante da companhia, e a posição da empresa é que a partir da semana que vem vão entrar em contato individualmente para tentar combinar uma data para a resolução do caso. Mas os funcionários não estão satisfeitos e planejam novos protestos. A Livraria Cultura não quis comentar o assunto.

Protesto reúne demitidos das unidades da Fnac na Livraria Cultura, em SP — Foto: Divulgação

Protesto reúne demitidos das unidades da Fnac na Livraria Cultura, em SP — Foto: Divulgação

‘Boa performance’

A Livraria Cultura vem seguindo seu planejamento estratégico para os próximos anos de manter apenas as unidades com boa performance e reforçar a presença no e-commerce

No último dia 11, a Livraria Cultura fechou a unidade da Rua Senador Dantas, antigo Cine Vitória. Era a maior livraria do Centro do Rio, com quatro andares e 3,2 mil metros quadrados. O Teatro Eva Herz, localizado no subsolo, também deixou de funcionar. Segundo a administração da rede, a loja era deficitária.

Em dezembro do ano passado, a Livraria Cultura comprou a plataforma de e-commerce de livros Estante Virtual que, segundo a empresa, será o meio de vendas mais importante para a empresa, enquanto que os ambientes físicos estarão mais voltados para o fortalecimento da marca, ações específicas de marketing, engajamento com consumidor e relacionamento.

A Livraria Cultura manteve as 16 lojas físicas localizadas em Brasília, Campinas (SP), Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto (SP), Salvador e São Paulo.

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