Diário de São Paulo
Siga-nos

Flávio Bolsonaro assina proposta sobre combustíveis apelidada de “PEC camicase” pela equipe de Guedes

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) assinou na segunda-feira (7) a proposta de emenda à Constituição que trata de combustíveis, de autoria do senador Carlos

Flávio Bolsonaro assina proposta sobre combustíveis apelidada de “PEC camicase” pela equipe de Guedes
Flávio Bolsonaro assina proposta sobre combustíveis apelidada de “PEC camicase” pela equipe de Guedes

Redação Publicado em 08/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 09h41


O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) assinou na segunda-feira (7) a proposta de emenda à Constituição que trata de combustíveis, de autoria do senador Carlos Fávaro (PSD-MT), e que está sendo apelidada pelo Ministério da Economia de “PEC camicase”.

blog confirmou o pedido de Flávio de adição de assinatura à PEC, junto à assessoria de Fávaro. Pelo sistema do Senado, consta que o requerimento foi recebido na segunda-feira (8).

Nos bastidores, a assinatura de Flávio pegou de surpresa técnicos da Economia – que trabalham em uma proposta mais enxuta para aliviar o preço dos combustíveis.

A assinatura de Flávio na PEC no Senado é mais um elemento da digital política do governo na articulação para uma proposta ampla de zerar impostos de combustíveis – medida rejeitada por Paulo Guedes.

Bolsonaro tem sido aconselhado – principalmente por Valdemar Costa Neto (PL) – a diminuir o preço dos combustíveis para angariar votos para a sua reeleição. No entanto, a ala política encontra resistências na Economia na concessão de um alívio amplo, o que geraria um rombo para as contas públicas.

A equipe do ministro Guedes tem reclamado que a proposta do Senado é “kamikaze” pois não tem nenhuma medida de compensação fiscal – além de apontar o rombo nas contas públicas sem arrecadação prevista com esses impostos.

Em outra frente, com aval de Bolsonaro, como o blog publicou na semana passada, a ala política do governo, comandada pelo ministro Ciro Nogueira, elaborou uma segunda PEC que foi protocolada na Câmara e que também trata dos combustíveis.

Guedes apostava no ajuste dessa PEC, que é de autoria do deputado Áureo (PP-RJ), para aliviar o preço do diesel e do gás de cozinha – mas técnicos da Economia veem a medida como prejudicada juridicamente uma vez que o texto teria saído da Casa Civil.

Agora, Guedes tem repetido nos bastidores ver como a melhor saída a mudança na lei complementar com o PLP 11 –que já passou na Câmara e que está no Senado com a relatoria do senador Jean Paul Prates (PT-RN). A proposta, entre outros pontos, já prevê a retirada de compensação para o diesel – exatamente o que a Economia defende.

O tema está sendo tratado entre Guedes, Nogueira e Arthur Lira (PP-AL) – mas ainda não há um consenso a respeito de qual das propostas seguirá adiante no Congresso.

O autor da PEC, senador Fávaro, diz que o Senado vai discutir hoje a tramitação da proposta – e que, quando Flávio Bolsonaro assina, dá “sinal claro” de que o governo vê “sensatez” na proposta.

“Assinou o Flávio Bolsonaro, Eduardo Gomes (líder do governo), Marcos Rogério (aliado do governo). Quando Flávio assina, dá sinal muito claro de que o governo vê sensatez na proposta”.

Sobre o apelido da PEC, chamada de “camicase” pela Economia, o senador rebate: “Camicase é a política econômica do ministério, que coloca 17 milhões de brasileiros na fila do ossinho e faz o brasileiro pagar R$ 8 a gasolina“

.

.

.

.

G1

Compartilhe  

últimas notícias