Letícia está na penitenciária de Tremembé (SP) e os pais devem visitá-la com as outras duas filhas, uma delas a menor que foi absolvida da participação no crime. O pedido foi feito pela defesa da jovem.
Segundo a polícia, a quadrilha foi organizada pelas jovens com os assaltantes em um grupo criado no WhatsApp.
As principais provas foram encontradas nos celulares delas. De acordo com a polícia, tudo foi combinado entre as duas e os assaltantes por mensagens. Em uma delas, um dos criminosos diz que se o pai dela atirasse, ele iria atirar também. “A filha mais velha criou o grupo e era a administradora. Por meio de um amigo, ela chamou indivíduos com passagem pela polícia e foi combinado assalto na sua própria casa”, afirmou o delegado Alessander Lopes, na época. A polícia acredita que o roubo foi planejado durante 40 dias.
Segundo as investigações, as jovens mandaram fotos do cofre onde o comerciante guardava o dinheiro. Elas também enviaram um mapa da casa, para facilitar a entrada dos assaltantes.
Ainda de acordo com a polícia, na noite do crime a filha mais velha chegou a dopar os cães da família para que não fizessem barulho e ainda incentivou violência contra o pai. Durante o roubo o comerciante levou chutes, socos e várias coronhadas na cabeça.
Segundo a polícia, as jovens disseram em depoimento que cometeram o crime porque o pai teria pegado um dinheiro delas que estava em uma poupança e não queria devolver. Parte dos produtos foi recuperada pela polícia. Os assaltantes e a filha mais velha foram indiciados por roubo qualificado e corrupção de menor. Segundo a polícia, o pai negou que tenha pegado dinheiro das filhas.