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Fernando Maskobi: O Sonho Americano. Mito ou verdade?

O Sonho Americano. Mito ou verdade?
Cresci ouvindo que os Estados Unidos era referência em (quase) tudo. Nos esportes, na educação, no sistema financeiro, no estilo de vida. Enquanto o sonho americano era vendido, um dos principais temas não era falado: a pobreza social Americana.
Tenho certeza que a grande maioria dos Brasileiros que já morou ou mora nos Estados Unidos sente saudade da conexão que nós, Brasileiros, conseguimos criar. A conexão nasce de um lugar onde há genuíno interesse em conhecer e incluir alguém. Dentre diversas maneiras onde a conexão desabrocha, no Brasil, conhecemos nossos vizinhos, convidamos pessoas que acabamos de conhecer para uma festa e oferecemos uma sobremesa ou um café para o instalador da internet. Cumprimentamos com abraço, beijos e aperto de mão.
Nos Estados Unidos, o ideal do desenvolvimento acaba transformando o sonho em pesadelo. No país mais monetizado do mundo, tudo virou uma transação, incluindo pessoas. Todas as relações humanas foram transformadas em serviço, não deixando espaço nem tempo para a conexão humana e inclusão desinteressada.
As refeições são rápidas e sem afeto. As frutas e os legumes brilham por fora mas são opacos por dentro. A arquitetura é fria e impessoal onde a obsessão pelo custo baixo não deixa espaço para o charme e pessoalidade. As casas são gigantes mas o espaço para intimidade é mínimo. As músicas transformam-se em grandes grandes hits, mas a melodia é superficial.
Esse é o “Sonho Americano”. Os Estados Unidos são financeiramente abundantes, porém, socialmente pobres, não à toa que os índices de suicídio e depressão continuam subindo, assim como a dependência em pílulas e drogas.
Ok. Entendo que as condições materiais no Brasil estão bastante precárias. De um lado, Brasileiros morrendo na pobreza material, de outro, Americanos se deprimindo na miséria social. Como construir um equilíbrio entre os dois universos? Será o Sonho Americano o nirvana enquanto civilização? Quais são esses fatores tão relevantes que estão sendo deixados de fora dessa equação?
Minha sensação é que estamos doentes e sequer queremos ir ao médico, pelo contrário, queremos seguir a dieta do doente. Estamos destruindo os recursos naturais em descompasso com ciclos ecológicos, mas os interesses dos acionistas estão maximizados. Estamos deixando de conviver com nossos familiares e amigos, mas nossos negócios estão crescendo. O diagnóstico é que vivemos um sistema econômico que prioriza a maximização do capital às custas de recursos naturais e sociais. A obsessão pelo PIB quantifica a atividade econômica enquanto deixa de lado fatores, que de fato, fazem a vida valer a pena.
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