O Federal Reserve deve encerrar sua reunião de política monetária nesta quarta-feira com projeções um pouco melhores para a economia, mas com uma promessa
Redação Publicado em 16/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h33
O Federal Reserve deve encerrar sua reunião de política monetária nesta quarta-feira com projeções um pouco melhores para a economia, mas com uma promessa renovada de manter a taxa de juros baixa enquanto os Estados Unidos precisarem se recuperar de sua pior recessão em décadas.
O encontro de dois dias é o primeiro do Fed sob uma estrutura recém-adotada que promete lançar a inflação para o patamar acima de 2% para compensar períodos, como o atual, em que está abaixo da meta. A estratégia significa que a autoridade monetária não tirará o pé do acelerador, mesmo se o desemprego continuar a cair em um ritmo mais rápido do que o esperado.
As autoridades do Fed não parecem prontas para traduzir essa estrutura em uma promessa explícita de manter a taxa de juros de curto prazo em seu intervalo atual de 0% a 0,25% até que certas referências econômicas – digamos, 2,5% de inflação – sejam cumpridas.
O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) vai divulgar seu comunicado de política monetária e um resumo das novas projeções econômicas às 15h (horário de Brasília). O chair do Fed, Jerome Powell, dará entrevista à imprensa meia hora depois.
“Esperamos que o Comitê adote esse tipo de orientação futura baseada em resultados até o fim do ano”, escreveu o economista-chefe para os EUA do Nomura, Lewis Alexander.
Mas o Fed provavelmente encerrará essa reunião com outros sinais de seu compromisso de longo prazo com uma política monetária frouxa, disseram Alexander e outros analistas.
Isso pode incluir a incorporação em sua declaração pós-reunião de sua nova meta de inflação “média” de 2%, bem como novas projeções trimestrais mostrando que a maioria, senão todos, os formuladores de política monetária do Fed não enxergam necessidade de aumentar a taxa de juros até pelo menos 2023.
O Fed também pode se inclinar pra seu programa de compra de títulos como um meio de apoiar a recuperação dos Estados Unidos da recessão causada pela pandemia do novo coronavírus, em vez de apenas fornecer liquidez aos frágeis mercados financeiros. Tal mudança reforçaria as expectativas de uma política frouxa e contínua, sem realmente reforçar as compras.
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Agência Brasil
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