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Família de menino morto por bala perdida acusa polícia de omissão de socorro

A família do menino Leônidas Augusto da Silva de Oliveira, de 12 anos, morto por uma bala perdida na tarde de sexta-feira na Avenida Brasil , acusa policiais

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Redação Publicado em 11/10/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h12


“Só depois de meia hora agonizando na calçada, meu sobrinho foi levado ao hospital”, revela tia da vítima

A família do menino Leônidas Augusto da Silva de Oliveira, de 12 anos, morto por uma bala perdida na tarde de sexta-feira na Avenida Brasil , acusa policiais militares de omissão de socorro.

“Só depois de meia hora agonizando na calçada, meu sobrinho foi levado pela polícia para o hospital. E só porque as pessoas começaram a gritar e filmar a omissão de socorro . Eles diziam que tinham que esperar a ambulância. Quando chegamos ao hospital, o médico avisou que o sangue já havia se espalhado pelo cérebro todo e que só um milagre o salvaria. Como vamos para casa ver todos os brinquedos dele no chão, e saber que não vai voltar? Ele sempre dizia que ia ser advogado para tirar nossa família da comunidade, porque amava muito a gente”, lamentou Leonice de Oliveira, a tia da criança, aos prantos.

estudante , que morava no Complexo da Maré, foi baleado na cabeça na altura da favela Nova Holanda, em Bonsucesso, e o enterro será realizado neste domingo no Cemitério de Inhaúma.

Leônidas foi atingido durante um tiroteio entre bandidos e policiais, enquanto estava com a sua avó, que não foi alvejada, em frente a uma lanchonete situada na Avenida Brasil. Uma mulher que transitava no local foi baleada no braço. Ambos foram levados com vida ao Hospital Geral de Bonsucesso. A paciente, ainda não identificada, já recebeu alta.

A avó da criança, Maria Alice da Silva, não compareceu ao IML : segundo os parentes, ela se encontra inconsolável e à base de calmantes. No local, o primo da vítima, Guilherme Lopes, se manifestou sobre o ocorrido.

“Ele era uma criança inocente e estava com a avó, que ele tratava como mãe. A avó está em casa à base de remédios, pois está se sentindo culpada pela morte do neto. A gente vê esse tipo de notícia na televisão e não acredita que possa acontecer com a gente. Espero que o caso do Leo contribua para que não haja mais sepultamento de crianças”, afirmou.

Segundo a Polícia Civil , as investigações estão em andamento na 21ª DP (Bonsucesso) e diligências estão sendo realizadas em busca de imagens e informações que ajudem a identificar a autoria do crime. De acordo com a PM, um motorista parou o carro ao lado da viatura e informou aos policiais que estava sendo perseguido por outros dois veículos, que vinham na pista sentido Zona Oeste. Em seguida, os criminosos passaram atirando, e os agentes se protegeram dos disparos sem revidar.

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IG

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