Antes mesmo do início da temporada, o técnico Abel Ferreira deixou claro que queria pelo menos dois reforços para o ataque do Palmeiras: um centroavante e um jogador para atuar pelos lados.
Nesta quarta, o time estreia na Libertadores, contra o Universitário, no Peru, com o setor em uma situação ainda mais preocupante para o português: sem contratações e sofrendo com as lesões.
O Palmeiras tentou até o último momento fechar com o argentino Valentín Castellanos, do NY City, a tempo de inscrevê-lo na Libertadores, mas não conseguiu. Mesmo assim, segue negociando com o atleta para as outras competições e para a próxima fase do torneio continental.
Com isso, Abel Ferreira não terá o centroavante para ser opção que tanto deseja a Luiz Adriano. Além de Willian, que pode jogar improvisado na função, garotos como Newton, Gabriel Silva e Rafael Elias são alternativas.
E se o treinador já via o ataque com poucas peças, isso ficou ainda mais complicado para ele na última semana, com as lesões de Gabriel Veron e Breno Lopes, duas opções de velocidade.
O primeiro machucou a coxa novamente e ficará até dois meses fora – perderá toda a primeira fase da Libertadores. Já Breno teve uma lesão no joelho e desfalcará o Verdão entre três e quatro semanas, o que vai tirá-lo dos quatro ou cinco primeiros jogos da competição.
Dessa forma, Abel terá poucas opções de atacantes que atuam pelos lados para a Libertadores enquanto a dupla não retorna. Além dos titulares Rony e Wesley, os disponíveis são todos garotos, que foram inscritos na competição. Outros nomes, como Willian e Gustavo Scarpa, também podem fazer a função, com características diferentes.
O Palmeiras também tentou a contratação de Ademir, do América-MG, mas chegou ao seu limite nas conversas sem ter sucesso. O clube acredita que o Coelho ainda pode voltar atrás e retomar a negociação.
A diretoria tem encontrado dificuldades para reforçar a equipe sobretudo por conta da precaução com a parte financeira do clube. O Palmeiras avalia que 2021 será um ano até mais complicado do que 2020 por conta do impacto da pandemia nas finanças.