Uma comissão de 47 pesquisadores especialistas no tema publicou na revista científica The Lancet um documento afirmando que a estagnação do financiamento para
Redação Publicado em 23/07/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h58
Uma comissão de 47 pesquisadores especialistas no tema publicou na revista científica The Lancet um documento afirmando que a estagnação do financiamento para pesquisas e campanhas contra o HIV está prejudicando os esforços para conter o avanço da doença.
Segundo eles, o mundo já não conseguirá cumprir as metas definidas pelos estados-membros da ONU. O documento pede mudanças urgentes na forma como a doença é tratada e controlada.
Cerca de 37 milhões de pessoas em todo o mundo convivem com o vírus HIV e com a Aids, de acordo com a ONU – e há cerca de 1,8 milhões de novos casos todos os anos.
No Brasil, mais de 880 mil pessoas convivem com o vírus, segundo dados do último Boletim Epidemiológico de HIV/Aids, publicado pelo Ministério da Saúde em dezembro de 2017. O país tem registrado, anualmente, cerca de 40 mil novos casos.
O número de novos casos de HIV/Aids tem diminuído nos últimos anos, mas a Comissão da Lancet – o grupo que escreveu o relatório – diz que a queda tem acontecido de maneira lenta demais para atingir a meta da UNAids de restringir as novas infecções anuais a 500 mil até 2020.
No entanto, mesmo com a queda geral das taxas de HIV, a infecção continua persistente em grupos marginalizados, em jovens – especialmente mulheres – e em países em desenvolvimento. Em todos os casos, essas populações também têm mais dificuldade de acesso ao tratamento.
Os especialistas dizem que o investimento mundial no combate ao HIV estabilizou nos últimos anos em pouco mais de R$ 74 bilhões – aproximadamente R$ 27 bilhões a menos do que o necessário para alcançar a meta da UNAids.
“Apesar do progresso extraordinário na resposta ao HIV, a situação ficou estagnada na última década”, disse Linda-Gail Bekker, presidente da Sociedade Internacional de Aids e professora da Universidade de Cidade do Cabo, na África do Sul.
“Revigorar esse trabalho vai nos exigir bastante, mas a saúde e o bem-estar futuros de milhões de pessoas exigem que enfrentemos esse desafio.”
A comissão de pesquisadores da Lancet também pediu mais colaboração entre profissionais de saúde e que o tratamento de HIV/Aids seja incorporado a outras áreas dos sistemas de saúde.
Isso significaria um fim ao chamado “excepcionalismo” do HIV, ou seja, a destinação de fundos e serviços especificamente para o combate ao vírus. Dessa forma, o teste de HIV poderia, por exemplo, ser incluído entre os testes para doenças não contagiosas como diabetes e hipertensão.
O relatório dá o exemplo da Índia. Segundo os cientistas, se os tratamentos e testes de HIV fossem combinados com os voltados para a sífilis entre mulheres profissionais do sexo e homens homossexuais – dois dos grupos mais vulneráveis ao vírus da Aids -, poderia reduzir a taxa indiana de novos casos em 7%, entre 2018 e 2028.
De acordo com o Ministério da Saúde brasileiro, os jovens homossexuais figuram entre a parcela de pessoas em que houve os maiores aumentos de registros de Aids.
“Do ano de 2006 para o de 2016, a taxa de detecção de casos de Aids por 100 mil habitantes quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos. Entre os de 20 a 24 anos, a taxa mais que duplicou”, afirma o órgão.
“Os sistemas de saúde devem ser desenhados para suprir as necessidades das pessoas a quem eles servem, incluindo ter a capacidade de abordar múltiplos problemas de saúde simultaneamente”, afirmou o epidemiologista Chris Beyrer, um dos autores do relatório.
“Ninguém deve ser esquecido em nossos esforços para alcançar um sistema de saúde sustentável.”
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