Diário de São Paulo
Siga-nos

Fala de Bolsonaro sobre hospitais gera ‘tumulto’ e ‘anarquia’, avalia Gilmar Mendes

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (15) que a fala do presidente Jair Bolsonaro incentivando a entrada de pessoas em

Fala de Bolsonaro sobre hospitais gera ‘tumulto’ e ‘anarquia’, avalia Gilmar Mendes
Fala de Bolsonaro sobre hospitais gera ‘tumulto’ e ‘anarquia’, avalia Gilmar Mendes

Redação Publicado em 15/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h51


Presidente da República incentivou pessoas a entrar em hospitais que tratam pacientes com coronavírus e a filmar instalações para verificar existência de leitos vazios.

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou hoje (15) que a fala do presidente Jair Bolsonaro incentivando a entrada de pessoas em hospitais para filmar possíveis casos de leitos vazios gera “tumulto” e até mesmo uma situação de “anarquia”.

“Veja como isso é perigoso e leva à distorção. A partir de uma informação mal estruturada, que se aproxima muito de uma fake news, nós produzimos um tumulto e ao mesmo tempo algo destrutivo”, disse o ministro.

Gilmar Mendes chamou atenção para o “uso político das informações e como isso engendra ações perigosas”.

As declarações do ministro foram feitas durante um seminário sobre “Liberdades Comunicativas em Tempo de Crise”. Na última quinta-feira (11), em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, Bolsonaro fez a seguinte afirmação:

“Seria bom você fazer na ponta da linha. Tem hospital de campanha perto de você, hospital público? Arranja uma maneira de entrar e filmar. Muita gente está fazendo isso e mais gente tem que fazer para mostrar se os leitos estão ocupados ou não, se os gastos são compatíveis ou não. Isso nos ajuda”.

A pandemia do novo coronavírus vem provocando superlotação em hospitais pelo país, com falta de leitos para atender aos doentes nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Entidades se manifestaram afirmando que a declaração de Bolsonaro agrava ainda mais o contexto de crise na saúde pública.

Compartilhe  

últimas notícias