Diário de São Paulo
Siga-nos

FAKE mensagem que diz que a Anvisa confessou ineficácia de máscaras na pandemia

Circula nas redes sociais uma mensagem que diz que a Anvisa confessou a ineficácia das máscaras como forma de proteção contra o coronavírus. É #FAKE.

fake
fake

Redação Publicado em 31/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h59


Circula nas redes sociais uma mensagem que diz que a Anvisa confessou a ineficácia das máscaras como forma de proteção contra o coronavírus. É #FAKE.

 — Foto: G1

— Foto: G1

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) afirma que as publicações e postagens com esse teor são falsos. “Em nenhum momento, a Anvisa afirma que máscaras são ineficazes”, diz.

“A agência recomenda a proteção facial para evitar a propagação da Covid-19, seguindo as orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Centers for Diseases Control (CDC), dos Estados Unidos, e outras referências nacionais e internacionais, desde a primeira orientação voltada para os serviços de saúde”, afirma em nota.

As mensagens falsas passaram a circular depois que um site frequentemente citado por movimentos contra a ciência pinçou e tirou de contexto uma frase de um documento enviado pela Anvisa à Defensoria Pública da União (DPU). A frase extraída do documento trata apenas de máscara de tecido, mas a mensagem falsa utiliza o termo “máscaras”, sem citar o tipo.

No documento, a Anvisa esclarece à Defensoria que cabe ao Ministério da Saúde fazer recomendações à população sobre o uso de máscaras e que a Anvisa emite orientações apenas para os serviços de saúde.

A agência argumenta que, diante do cenário atual da pandemia, manteve em uma nota técnica a orientação para uso de máscara de tecido por pacientes, acompanhantes, visitantes (se estiverem assintomáticos) e profissionais do serviço de saúde que executam atividades exclusivamente administrativas e não têm nenhum contato com pacientes ou áreas de internação de pacientes.

Neste contexto, o documento enviado à DPU afirma “não existir evidências robustas sobre a eficácia do uso de máscaras de tecido como controle de fonte para a transmissão da Covid-19″. A mensagem falsa manipulou esta frase para dizer que a Anvisa confessou a ineficácia do uso de máscaras de uma forma geral, o que não é verdade.

Recomendações sobre as máscaras

A Anvisa diz que, com o avanço da pandemia e considerando o acúmulo de evidências sobre a transmissão do novo coronavírus, a agência implementa atualizações em suas publicações. Em todas elas, o uso de máscaras faciais adequadas às necessidades e aos profissionais de saúde foi reforçado.

A agência diz que, embora as definições sobre o uso de máscaras pela população devam partir do Ministério da Saúde, elaborou diversas orientações sobre máscaras faciais para uso não profissional para apoiar as ações de saúde pública.

Desde abril de 2020, a Anvisa diz que máscaras faciais não hospitalares não fornecem total proteção contra infecções, mas reduzem sua incidência.

De acordo com a Anvisa, “especialistas apontam que mesmo pequenas medidas para reduzir transmissões têm grande impacto na atual pandemia, especialmente quando combinadas com medidas preventivas adicionais.”

“Por esse motivo, a Anvisa sempre reforçou que máscaras de tecido íntegras, limpas, secas e usadas de forma correta são eficazes para evitar que gotículas contaminadas sejam expelidas sobre produtos, equipamentos e outras pessoas.”

Ainda de acordo com a Anvisa, nos primeiros meses da pandemia, diante de um possível cenário de desabastecimento de máscaras profissionais no mercado nacional, que poderia atingir trabalhadores que atuam na linha de frente com pacientes com Covid-19, a agência publicou um material com orientações sobre a confecção e o uso de máscaras artesanais. O objetivo era estimular a população a buscar uma solução de baixo custo e de mais fácil acesso para reforçar a proteção contra o coronavírus.

Ao longo da pandemia, a agência editou outras publicações com o objetivo de reforçar a importância do uso da máscara facial.

A Anvisa também aumentou o rigor na cobrança do uso de máscaras nas regiões aeroportuárias, onde é responsável pela vigilância em saúde. A agência determinou, entre as exigências aos viajantes, que as máscaras de tecido confeccionadas artesanal ou industrialmente com material como algodão e tricoline devem possuir mais de uma camada de proteção e ajuste adequado ao rosto.

Por fim, a Anvisa afirma que considera o uso de máscara de proteção facial uma medida fundamental no combate à propagação do novo coronavírus.

.

.

.

Fontes: G1 – Globo.

Compartilhe  

Tags Saúde

últimas notícias