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Fabricio Caruso: Tempo, Liberdade e Lucidez

Tempo, Liberdade e Lucidez Fabricio Caruso No último dia 20 de fevereiro completou um ano da publicação do meu primeiro artigo no jornal, intitulado: ‘Sempre

Fabricio Caruso: Tempo, Liberdade e Lucidez
Fabricio Caruso: Tempo, Liberdade e Lucidez

Redação Publicado em 28/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 07h39


Tempo, Liberdade e Lucidez

Fabricio Caruso
No último dia 20 de fevereiro completou um ano da publicação do meu primeiro artigo no jornal, intitulado: ‘Sempre é tempo de liberdade’.
Numa retrospectiva rápida sobre esse período, sempre me comunico e sou transparente falando do tempo de liberdade, refletindo sobre diversos aspectos e temas. Falei das diversas formas de liberdade, e que para sermos livres precisamos libertar, não escravizando a nós mesmos. Uma reflexão sobre a época das chuvas, que coincidem com o carnaval, e que quando águas e rios transbordam, pois foram sufocados e só buscam ocupar novamente seus espaços, porque as águas são livres: “Como diz a marchinha de carnaval: “As águas vão rolar…”, livres e soltas pelas ruas e avenidas da cidade.”. Falei sobre ir e vir e mobilidade urbana das metrópoles, em um olhar de como há uma linha tênue separando liberdade individual de egoísmo, que se ultrapassado, instaura o caos coletivo. Abordei também o parlamentarismo, e se esse sistema nos livraria de autoritários, que são falsos heróis impondo suas verdades relativas em detrimento da nossa liberdade de opinião e pensamento. Depois, já num mundo em momento pandêmico e muito mais digital, alertei sobre a atenção às Fake News e por termos nosso livre arbítrio, cuidarmos para não absorvermos mais males virais além do coronavírus. Sugeri a descentralização de poder, dando maior liberdade aos estados perante ao governo central federal. Expus como sentimos falta de nos vermos, a saudade, arte do encontro. Olhar para o significado libertador da Páscoa, que vem do hebreu “Peseach”, e significa a passagem da escravidão para a liberdade. Conexão entre educação e ensino, a harmonização dessas duas práticas complementares e multiplicidade livre de suas aplicações. Um chamado para ser livre e potencializar seus talentos. De quando os gestos são escravocratas e como se afastar disso em tempo de liberdade. Que quando sente, convence, se inspira livremente e toma decisão a partir disso. No momento das queimadas amazônicas, chamei à reflexão para usarmos o fogo para iluminar os caminhos, e não queimar as matas, alusão a olharmos e praticarmos os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável da ONU para agenda 2030. Convite a expansão da consciência, em uma crônica delicada no dia da Consciência Negra. E por fim, em pleno natal, sobre os diversos iluminados que passaram pela terra e do nascimento de um libertador, Jesus.
As transformações do mundo nesses 365 dias tiveram muitas faces. Observo a face das relações interpessoais que se inovaram e lastrearam num olho no olho digital, uma tela que nos separa, mas que também nos une. Se comunicar de formas diferentes, sem perder o que a humanidade por milhões de anos fez, tendo os encontros pessoalmente, certamente foi desafiador e interessante. O tempo se fez otimizado, e as distâncias se encurtaram, possibilitando encontros muitas vezes improváveis.
O tempo passa e percebo que ter ou não liberdade não está condicionado em poder se movimentar com nosso corpo físico para lá e para cá, pois nossa mente é livre. O desenvolvimento pessoal e profissional obteve avanços numa velocidade e dinâmica jamais imaginado, projetado e buscado, e acredito que também foi assim para muitos.
Faço um complemento importante nesse ponto, que até aqui constatei e relatei: Não devemos trocar, substituir, os encontros pessoais, os abraços, os beijos, os apertos de mãos, as trocas de energia que rolam nesses momentos. Passando essa pandemia e todos estando vacinados, primeiramente façam o beabá das relações humanas, pratiquem a boa política e bora para rua! Então é tempo, bora novamente frequentar clubes sociais, cafés, bares, restaurantes, parques, praças, estádios, suas casas de fé, boas rodas de samba, capoeira e viola. Enfim, a vida nos mostra que em tempo de liberdade necessitamos encontrar o ponto de equilíbrio entre o excesso e a escassez, é ali onde está a lucidez.
“Comunicação e Transparência. Duas filhas da Verdade que a Sinceridade criou. A primeira é moderna, dinâmica e jovial. A segunda é eterna e brilha como um cristal. São ventos que bailam na noite escura, senhoras que tudo vê, pedrinhas que tudo cura. Que seus ventos toquem as faces do mundo… E nos traga a Lucidez.” Filosofia Guaracyana.
Me sigam nas redes: @ofabriciocaruso
Fabricio Caruso: Tempo, Liberdade e Lucidez
FABRICIO RICO CARUSO é Apresentador das Live Entrevistas da TV Diário SP e Colunista do Jornal Diário de S.Paulo. Formado em Gestão Pública, MBA em Relações Institucionais pelo Ibmec/DF, com conclusão final em Gestão e Estratégia Política em Washington DC, EUA.
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