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Fabricio Caruso: Quando os gestos são escravocratas

Quantas vezes nos sentimos escravizados e vampirizados por situações e pessoas. São vários estes momentos na vida. Não necessariamente as pessoas que as fazem

Fabricio Caruso: Quando os gestos são escravocratas
Fabricio Caruso: Quando os gestos são escravocratas

Redação Publicado em 06/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h24


Quando os gestos são escravocratas

Quantas vezes nos sentimos escravizados e vampirizados por situações e pessoas. São vários estes momentos na vida. Não necessariamente as pessoas que as fazem percebem, executam por vezes inconscientemente, e muitas delas acreditam que estão ajudando, e ainda cobram gratidão.

Ora, quem cobra gratidão, ajudou de coração? Ou simplesmente investe em uma relação pessoal visando ganho profissional, afim de obter retorno sobre suas estendidas de mão? A percepção vai em balancear onde nos tiram oportunidades de sermos suficientes e livres e o quanto nos dão migalhas escravocratas. Em tempo de liberdade, procure se afastar disso.

Na vida se torna normal, a meu ver infelizmente, esse tipo de relação, tanto na forma impessoal quanto na mais íntima. Partidos Políticos, Poder Público, Corporações, Entidades de Classe, Setor Privado e as mais diversas formas institucionais de interesse. Aí é aonde essa linha se torna tênue. Nunca irei generalizar, óbvio, toda generalização é burra, mas atenção na transformação das relações, elas podem se tornar tóxicas, e como diziam os supersticiosos: a inveja mata!

Os acontecimentos de mobilização mundial que eclodiram me inspiraram a refletir em síntese o que nos cerca, acredito que todos, indistintamente, já passaram pelo que abordei. Um velho normal estruturado. E se não, talvez seja você o causador dessas mazelas aos outros. #FicaDica.

Sabiamente escutei que um dos mais autoritários líderes desse país foi eternizado como o Pai dos pobres, ora bolas, é o Pai porque os concebeu com políticas públicas ditatoriais e com a mão no dinheiro público: ou pro bolso, ou mal usado, distribuído aos amigos do “rei”.

Pior é quando políticos eleitos usando verba pública, e que não nos esquecemos: são gerados por nós, os pagadores de impostos! Depois vem com migalhas, cestas básicas e pedindo o voto porque foi bonzinho, fazendo caridade com o chapéu dos outros. Façam-me o favor, parem de acreditar nisso, mesquinhos não podem mais disfarçar e cobrar: olha, te ajudei hein. Chega de hipocrisia!

E como dizia o poeta Cazuza: “Eu vou sobrevivendo sem um arranhão da caridade de quem me detesta, a tua piscina tá cheia de ratos, tuas ideias não correspondem aos fatos, o Tempo não pára, eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades” …

 “Quem faz por amor não reclama de ingratidão”, Filosofia Guaracyana. Então é tempo!

Me sigam nas Redes Sociais: @ofabriciocaruso

Fabricio Caruso: Quando os gestos são escravocratas

FABRICIO RICO CARUSO, é Relações Institucionais e Colunista do Jornal Diário de S.Paulo. Formado em Gestão Pública, MBA em Relações Institucionais pelo Ibmec/DF, com conclusão final em Gestão e Estratégia Política em Washington DC, EUA.

Membro-Fundador do CAMP – Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político. Firmou Termo de Compromisso no TSE para combate às Fake News no Brasil (2018). Foi jurado do 1° Prêmio CAMP da Democracia (2019).

Coautor do livro “Da Lava-Jato à Sétima República”, Cap. “Aliança Estratégica entre o Poder Público e o Setor Privado”, 2019, Casa Política.

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