Páscoa: Passagem para Liberdade
Redação Publicado em 10/04/2020, às 00h00 - Atualizado em 16/04/2022, às 09h50
Páscoa: Passagem para Liberdade
Do hebreu “Peseach”, Páscoa significa a passagem da escravidão para a liberdade. Qual a sua escravidão? O momento pede reflexões e a vida lhe dá a possibilidade de sair da rotina, planejar e estruturar sua liberdade.
Profundas transformações estão acontecendo neste exato momento mundo afora e inevitavelmente teremos de buscar equilíbrio entre o excesso e a escassez. A reflexão se dará se o que mais importa é o que necessitamos ou o que desejamos.
A história nos mostra como grandes pandemias remodelaram desde hábitos simples a grandes impérios. A cultura do povo muda e, em tempo de liberdade, construiremos uma sociedade melhor. Um bom exemplo disso é que, uma geração inteira que não havia passado por nada igual ao que estamos vivendo, foi obrigada a trabalhar de casa. Será que a mentalidade de todos em relação as diversas mudanças de comportamento será a mesma após a pandemia? Dificilmente. Como diz a famosa música do Milton Nascimento: “Sei que nada será como antes, amanhã”.
Crise é oportunidade de transformação. No verão de 1858, Londres cheirava exageradamente mal pelo esgoto à céu aberto, tal como os grandes rios da capital paulista hoje em dia, tanto que o Parlamento inglês teve de ser fechado. Aquele período era assolado por grandes epidemias de cólera causadas pela falta de saneamento básico. Resultado? Um dos mais modernos sistemas de esgotamento do mundo.
A filosofia Guaracyana diz que “toda transformação gera perdas necessárias. Porém, não existe perda tão desnecessária quanto o tempo que passamos distantes de nós mesmos”. Estamos vivendo um momento em que temos tempo para ficarmos “mais próximos de nós mesmos”. Façamos com que seja bem aproveitado.
A libertação que acontece na morte e ressurreição de um iluminado que passou pela Humanidade chamado Jesus Cristo serve de ensinamento. Tendo essa consciência, não lamentamos as perdas, e sim, respeitamos seus ciclos. Então é tempo!
FABRICIO RICO CARUSO, é Relações Institucionais e Colunista do Jornal Diário de S.Paulo. Formado em Gestão Pública, MBA em Relações Institucionais pelo Ibmec/DF, com conclusão final em Gestão e Estratégia Política em Washington DC, EUA. Membro-Fundador do CAMP – Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político. Firmou Termo de Compromisso no TSE para combate às Fake News no Brasil (2018). Foi jurado do 1° Prêmio CAMP da Democracia (2019). Coautor do livro “Da Lava-Jato à Sétima República”, Cap. “Aliança Estratégica entre o Poder Público e o Setor Privado”, 2019, Casa Política.
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