Fabricio Caruso
Redação Publicado em 20/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 08h38
Fabricio Caruso
Sempre fui chamado a expandir minha consciência e não distinguir ninguém por qualquer que seja a diferença. Isso tudo começou quando iniciei na Capoeira em 1996. Ouvindo as cantigas, que são gigantescas aulas e portais de transcendência para reflexão, e percebi um teor fortíssimo de que a busca é por união das bandas heterogênicas, somando todos, e não dividindo, para juntos, chegarmos ao avanço real da evolução espiritual e humana.
Naturalmente fui envolvido por essa quebra de barreiras e vendo como é bom olhar o ser humano como meu irmão, independente do como ele tem sua estrutura física nessa vida.
A rica expressão das manifestações culturais brasileiras me conquistaram e me ajudaram mais ainda a expandir minha consciência sobre a busca de igualdade. Tomei gosto pelo samba de roda, outro modo de reflexão, pois o samba também ensina, e muito: “E ainda com inspiração cantar mais um samba; falando de justiça, amor e igualdade; Muita força e fé e sua felicidade” Arlindo Cruz.
Em tempo de liberdade, me questiono por que se diferencia pessoas por sua cor? “Se a cultura do amor não discrimina cor”, como bem colocou Carlos Buby em sua música “Feiticeiro Negro” a respeito dos preconceitos. Como posso eu tê-los? Assim, foi quando entrei no modo de expansão de consciência ainda maior, espiritual e filosoficamente. A música ainda diz: “O Navio Negreiro já miscigenou, e em cada negro tem um branco que a princesa libertou” e “É hora de cantar o que Zumbi ensinou.”. Vendo a expressão da mistura nos arquétipos da Umbanda, caboclo nada mais é do que a mistura dos brancos com nativos, que somam o trabalho espiritual com os pretos velhos e as demais entidades que formam suas 7 linhas. Meu respeito aumentou juntamente com a consciência histórica que representa, sinal claro estratégico de trazer todos a uma só voz.
A alma não tem cor e somos todos humanos, e acima de tudo miscigenados, em muitos casos na pele, mas a mistura também é cultural. Influências múltiplas que nos deixam com uma identidade híbrida, que podemos começar a dizer que somos enfim brasileiros depois de toda a imigração maciça que ocorreu no século passado.
Não quero aqui diminuir lutas e movimentos que buscam reparação histórica de direitos, longe disso, até porque ainda hoje está estruturado, inclusive no jeito de se referir coisas negativas, como por exemplo no uso do verbo denegrir, colocado como manchar a reputação, difamar, quando de fato, o significado é, apenas, tornar-se negro. Somente trago para reflexão, que se ficarmos polarizando eternamente, podemos criar ciclos viciosos, nunca alcançando o equilíbrio e a equidade de fato, eternizando retóricas e nos escravizando. Busquemos luz e liberdade! “Toda e qualquer liderança exercida com ódio, raiva, rancor, indiferença ou vaidade, desperta a ira dos liderados… No mundo onde os efeitos não são maiores e nem menores do que as causas, podemos dizer que somos semelhantes as reações que provocamos…” pensamentos da Filosofia Guaracyana são os que mais me acessam e expandem minha consciência.
E como diz Mestre Toni Vargas, do grupo Senzala do Rio de Janeiro, em uma de suas reflexivas cantigas: “Misturou, misturou, quem pensar que é só branco se enganou… branco, negro e índio misturou… a semente da raça misturou.” Então é tempo!
Me sigam nas redes: @ofabriciocaruso
FABRICIO RICO CARUSO é Apresentador das Live Entrevistas da TV Diário SP e Colunista do Jornal Diário de S.Paulo. Formado em Gestão Pública, MBA em Relações Institucionais pelo Ibmec/DF, com conclusão final em Gestão e Estratégia Política em Washington DC, EUA.
Membro-Fundador do CAMP – Clube Associativo dos Profissionais de Marketing Político. Firmou Termo de Compromisso no TSE para combate às Fake News no Brasil (2018). Foi jurado do 1° Prêmio CAMP da Democracia (2019).
Coautor do livro “Da Lava-Jato à Sétima República”, Cap. “Aliança Estratégica entre o Poder Público e o Setor Privado”, 2019, Casa Política.
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