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Ex-presidente do TJ-SP, Ivan Sartori puxa a lista de favoritos para a Justiça

Um nome começa a despontar como favorito para ocupar a vaga de Ministro da Justiça , que até a última sexta-feira era ocupada pelo ex-juiz Sérgio Moro . Ainda

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Redação Publicado em 25/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 23h26


O juiz aposentado já conversou com o presidente Jair Bolsonaro. Ele ficou conhecido por pedir a absolvição de todos os policiais acusados pela morte de 111 detentos no presídio do Carandiru, em 1992. Sartori é favorável ao fim da quarentena e se lançou pré-candidato à prefeitura de Santos este ano

Um nome começa a despontar como favorito para ocupar a vaga de Ministro da Justiça , que até a última sexta-feira era ocupada pelo ex-juiz Sérgio Moro . Ainda no calor da troca de acusações que cercou a saída do antigo titular da 13ª Vara Criminal da Justiça Federal em Curitiba, o presidente Jair Bolsonaro vem fazendo sondagens e sua preferência parece se voltar para dois paulistas. O estilo do presidente, no entanto, aconselha que se espere pela publicação do nome do Diário Oficial para a nomeação ser dada como certa.

O favorito, é o juiz aposentado Ivan Sartori , que foi presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo do início de 2012 ao final de 2013. Ele tornou-se conhecido por sua atuação como relator do processo que julgou os responsáveis pelo massacre do Carandiru , onde 111 presos morreram após uma ação da Polícia Militar em 1992. Sob o argumento de que “não houve massacre, houve legítima defesa”, Sartori votou pela absolvição de todos os acusados.

PRÉ-CANDIDATO

Alvo de críticas de entidades ligadas aos direitos humano, Sartori chegou a ser investigado por seu voto pelo Conselho Nacional de Justiça — que nada viu de errado em sua decisão. O magistrado recebeu, inclusive, uma série de manifestações de desagravo de outros juízes de vários advogados. Simpático a Bolsonaro, Sartori é pré-candidato à prefeitura de Santos e fez campanha para abrir as praias da cidade no final de março. Conforme o iG apurou, ele e Bolsonaro já conversaram por videoconferência neste sábado.

Outro nome, que passou a ser mencionado logo depois que Moro anunciou sua demissão, é o do ministro do Superior Tribunal do Trabalho, Ives Gandra Martins Filho . Ele teria, inclusive, recebido sondagens de emissários do presidente e, de acordo com fontes ligadas ao Planalto, teria sinalizado de que prefere permanecer onde está. Depois do acidente aéreo que matou o ex-ministro da Justiça, Teori Zavascki , em janeiro de 2017, o nome de Martins Filho despontou como favorito na indicação para o Supremo Tribunal Federal. Integrante da Opus Dei, prelasia ligada à Igreja Católica, ele foi criticado por suas posições assumidamente conservadoras  e o então presidente Michel Temer acabou nomeando Alexandre de Moraes .

Correndo por fora na lista de favoritos, mas já dentro Palácio do Planalto e muito próximo a Bolsonaro (o que aumenta suas chances), está o Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge de Oliveira . Caso venha a ser escolhido, é tido como praticamente certo que o Ministério da Justiça perderá as funções de cuidar da Segurança Pública, que voltará a ser uma pasta independente.

IG

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