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Ex-presidente concorda com reprovação de contas no Santos, mas contesta relatório

O ex-presidente do Santos, Orlando Rollo, concorda que as contas de 2020, ano em que comandou o clube por três meses, devem ser reprovadas.

Santos
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Redação Publicado em 19/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 15h45


O ex-presidente do Santos, Orlando Rollo, concorda que as contas de 2020, ano em que comandou o clube por três meses, devem ser reprovadas.

Em relatório que será votado pelo Conselho Deliberativo, ao qual o ge teve acesso, o Conselho Fiscal do Santos apontou déficit de R$ 119.835.836,19 em 2020 e comprometimento do orçamento do clube. Por isso, sugere a reprovação das contas.

Orlando Rollo, em nota oficial divulgada nesta segunda-feira, porém, diz que assumiu o Santos com o orçamento já comprometido. O dirigente era vice de José Carlos Peres até setembro de 2020, quando o presidente foi afastado. Rollo, então, assumiu seu lugar e comandou o clube até dezembro.

– Impossível salvar em apenas um trimestre as contas de um ano inteiro sob a égide de uma gestão temerária de um presidente que inclusive foi cassado – diz parte da nota divulgada por Orlando Rollo.

Atual conselheiro do Santos, o ex-presidente também teve contratos de sua gestão contestados no relatório do Conselho Fiscal. As renovações de Lucas Veríssimo e Sabino, por exemplo, foram consideradas erradas por causa dos moldes como foram acertadas.

Orlando Rollo, porém, diz que não teve direito de se defender e alega que todas as decisões de sua gestão foram embasadas por “estudos e pareceres técnicos”.

Veja, abaixo, a nota oficial divulgada pelo ex-presidente do Santos:

“Quando assumimos a gestão em 29 de setembro de 2020, as contas relativas ao exercício em vigência já estavam virtualmente reprovadas. O orçamento já estava comprometido gravemente antes mesmo do fechamento do 3º trimestre.

Portanto, tecnicamente, somos favoráveis a reprovação das contas do exercício fiscal de 2020.

Impossível salvar em apenas um trimestre as contas de um ano inteiro gerido sob a égide de uma gestão temerária de um Presidente que inclusive foi cassado. Em nosso período, a prioridade foi administrar o fluxo de caixa, priorizando despesas urgentes, acordos emergenciais e os gastos com o futebol, procurando preparar o Clube em seus processos e até mesmo melhorar a estrutura operacional que estavam seriamente afetados, além de trazer receitas através de novos patrocinadores e ações pontuais de marketing com a participação direta do torcedor.

Porém, com as nossas realizações conseguimos nesse exíguo tempo resgatar a confiança de nossos atletas e funcionários, alcançando uma histórica final de Libertadores da América, obtendo um excelente resultado esportivo considerando a forma que encontramos o Clube.

Sobre os nossos atos de gestão em específico, as informações que constam do relatório do Conselho Fiscal estão incompletas, desconexas e desacompanhadas de contexto plausível. Estudos e pareceres técnicos, assim como decisões judiciais que embasaram resoluções administrativas não foram consideradas. Não foi permitido o contraditório, considerando que houve um acusador formal (totalmente alheio ao curso normal do processo) fato este que consta do próprio parecer. Essa é apenas uma das irregularidades que apontamos no relatório do Conselho Fiscal que foi apresentado fora de prazo estatutário e de forma politizada, diferentemente do relatório da auditoria independente, totalmente isento e técnico, que não apontou nenhuma irregularidade em nosso período de gestão.

Nos manifestaremos no foro adequado”.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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