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Ex-patroa é denunciada por abandono de incapaz que resultou em morte

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou, nesta terça-feira (14), a primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real, por abandono de incapaz com

Ex-patroa é denunciada por abandono de incapaz que resultou em morte
Ex-patroa é denunciada por abandono de incapaz que resultou em morte

Redação Publicado em 14/07/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h39


Promotor de Justiça incluiu artigos do Código Penal Brasileiro que agravam as penas por o crime ‘ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade pública’.

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) denunciou, nesta terça-feira (14), a primeira-dama de Tamandaré, Sari Corte Real, por abandono de incapaz com resultado de morte, combinado com artigos do Código Penal Brasileiro que agravam as penas por o crime “ter sido contra criança em meio à conjuntura de calamidade pública”, na pandemia da Covid-19. Com isso, o inquérito sobre a morte de Miguel Otávio segue para a Justiça.

Sari Corte Real estava responsável pelo menino de 5 anos quando ele, que é filho da sua ex-empregada doméstica, caiu do 9º andar de um prédio de luxo no Recife. A mãe da criança, Mirtes Souza, havia saído do apartamento para passear com a cadela da família dos patrões.

O MPPE recebeu o inquérito policial no dia 3 de julho e tinha o prazo de 15 dias para analisar os autos da investigação e tomar uma decisão. Por meio do promotor de Justiça Criminal Eduardo Tavares, a denúncia foi apresentada à 1ª Vara de Crimes contra a Criança e Adolescente da Capital.

'Sari Corte Real acabou com a minha vida', disse Mirtes Renata, mãe do menino Miguel, durante manifestação — Foto: Marina Meireles/G1

‘Sari Corte Real acabou com a minha vida’, disse Mirtes Renata, mãe do menino Miguel, durante manifestação — Foto: Marina Meireles/G1

Procurada pelo G1, a defesa de Sari Corte Real informou, por telefone, que vai se pronunciar somente após ter acesso à denúncia do MPPE. A reportagem entrou em contato com os advogados de Mirtes Souza, que disse que se pronunciaria por nota sobre essa decisão.

Na segunda (13), parentes e amigos da família de Miguel fizeram uma passeata pelas ruas do Centro do Recife para pedir que o Ministério Público de Pernambuco desse atenção ao caso. O grupo saiu da Praça da República em direção ao MPPE, na Avenida Visconde de Suassuna, em Santo Amaro, no Centro da capital.

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