A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (4) mais um suspeito de participação no esquema de corrupção, que pode ter desviado R$ 300 mil da prefeitura de
Redação Publicado em 04/04/2017, às 00h00 - Atualizado às 14h28
A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (4) mais um suspeito de participação no esquema de corrupção, que pode ter desviado R$ 300 mil da prefeitura de Urânia (SP). Um ex-funcionário do RH foi preso na casa dele.
De acordo com as investigações da Polícia Federal, ele é um dos 12 servidores que podem ter sido beneficiados com dinheiro de verbas federais enviadas ao município no fim do ano passado.
Esta já é a quinta pessoa presa na operação Repartição, realizada pela Polícia Federal na semana passada. O ex-prefeito de urânia, Francisco Airton Saracusa, dois advogados e dois assessores que foram presos temporariamente no início da operação vão continuar na cadeia.
A Justiça atendeu ao pedido da Polícia Federal e converteu a prisão temporária, de cinco dias, em preventiva, por tempo indeterminado. A Polícia Federal ainda aguarda a autorização da Justiça Eleitoral para investigar documentos apreendidos na casa do ex-prefeito. A suspeita é de que ele também tenha cometido crimes eleitorais na última campanha.
Os envolvidos podem responder por corrupção, peculato, que é o desvio de dinheiro público, e associação criminosa. O advogado dos investigados disse para a TV TEM que não vai se pronunciar sobre o caso.
Todos são acusados de desviar cerca de R$ 400 mil da prefeitura de Urânia, que foi recebido do Governo Federal. A operação também investiga fraudes na folha de pagamento da prefeitura de Urânia na gestão passada.
Segundo a PF, nos pagamentos suspeitos, pagos a apenas alguns assessores próximos ao ex-prefeito, foram indenizadas férias e licenças-prêmio de até sete anos de trabalho. Dois ex-assessores jurídicos receberam valores de acerto trabalhista de até R$ 62 mil.
Durante as investigações, os federais confirmaram que os 12 beneficiados com os pagamentos feitos no último dia de mandato, são, na maioria, filiados ao partido do ex-prefeito ou fizeram parte de sua coligação nas eleições de 2012. A polícia diz que ao analisar o histórico de remuneração dos ex-assessores, os agentes verificaram que alguns deles tiveram até 400% de aumento salarial no período da administração do ex-prefeito.
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