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Evolução do São Paulo tem Daniel Alves melhor em campo e descoberta de Rodrigo Nestor na construção

O São Paulo foi melhor do que o Palmeiras durante todo o clássico disputado no Allianz Parque, na noite de sexta-feira. Finalizou onze vezes, três a mais do

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Redação Publicado em 17/04/2021, às 00h00 - Atualizado às 16h49


Daniel Alves como ala e Rodrigo Nestor como armador foram pontos positivos do Tricolor. Verdão anda nervoso, como o temperamento de seu treinador à beira do campo

O São Paulo foi melhor do que o Palmeiras durante todo o clássico disputado no Allianz Parque, na noite de sexta-feira. Finalizou onze vezes, três a mais do que o dono da casa, roubou a bola sete vezes no campo de ataque (43% do total) e contou com a colaboração de Abel Ferreira, que escalou um time sem profundidade e sem sua melhor qualidade, a velocidade.

Houve méritos que se repetiram nos quatro jogos em seis dias e quatro vitórias consecutivas do São Paulo. Hernán Crespo repetiu Luan como volante, o que tira criação, numa equipe de três zagueiros. Mas foi inteligente para deslocar Daniel Alves para o lado direito, medida que terminou com a aparente dependência do lado esquerdo, com Reinaldo.

Daniel Alves foi o segundo jogador com mais passes na partida e roubou a bola de Scarpa, que iniciou a jogada do gol de Pablo. Destaque individual do jogo, numa função parecida com a de seus últimos tempos de Paris Saint-Germain. Contra o Rennes, na decisão da Copa da França de 2019, por exemplo, jogou na segunda linha, aberto pela direita. Marcou um golaço, num chute de fora da área.

À parte o retorno de Daniel Alves para o lado direito e seu destaque numa função que conhece muito bem, Rodrigo Nestor foi outro ponto positivo. O jogador com maior número de passes da partida — e de passes certos também — Rodrigo Nestor castigou Zé Rafael na marcação, retomou a bola na intermediária cinco vezes, foi o homem de mais desarmes na partida e finalizou uma vez.

Daniel Alves em Palmeiras x São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Daniel Alves em Palmeiras x São Paulo — Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

É uma recomendação de Crespo ao jovem meio-campista são-paulino: invadir a área e chutar a gol. O garoto obedece.

Como ala, Daniel Alves foi o melhor em campo. Foi dele o passe para o gol de Pablo. Não diga que ele sempre foi ala, porque no Barcelona e no Sevilla era lateral-direito em linha de quatro defensores. Tinha características defensivas, mas jogava como lateral, não ala. Na Juventus e no PSG aí sim foi ala e até ponta-direita.

Enquanto o São Paulo evolui, o Palmeiras regride. Anda nervoso, como o temperamento de seu treinador à beira do campo. Tentou espelhar o adversário, apesar de atuar em casa e de ser ele, Palmeiras, o campeão da Libertadores e da Copa do Brasil. Não venceu os últimos três jogos e terá uma missão espinhosa contra o Universitario, no Peru, na estreia da Libertadores.

Antes, precisa ganhar do Botafogo, domingo, em Ribeirão Preto.

Abel Ferreira discute com o árbitro Raphael Claus em Palmeiras x São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

Abel Ferreira discute com o árbitro Raphael Claus em Palmeiras x São Paulo — Foto: Marcos Ribolli

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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