O estado de São Paulo voltou nesta terça-feira (15) a ter um número de pacientes internados por Covid-19 acima de 11 mil, considerando toda a rede pública e
Redação Publicado em 16/12/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h09
O estado de São Paulo voltou nesta terça-feira (15) a ter um número de pacientes internados por Covid-19 acima de 11 mil, considerando toda a rede pública e particular de saúde. A taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) no estado também voltou a ficar acima de 60%, o que não acontecia desde 5 de agosto.
Segundo levantamento da TV Globo, vários hospitais públicos estaduais da capital paulista e da Grande São Paulo estão com lotação máxima dos leitos de UTI ou com ocupação perto de 100%.
Entre os hospitais estaduais em situação crítica para atendimento de pacientes com Covid-19, estão:
O estado vive uma nova piora da pandemia, com alta de internações, novos casos e novas mortes por coronavírus nos últimos dias.
De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde, SP contabilizou nesta terça 11.204 pacientes internados com suspeita ou confirmação de Covid-19, sendo 6.345 em enfermaria e 4.859 em leitos de UTI.
O total de pacientes internados não ficava acima de 11 mil desde 5 setembro, quando 11.145 pessoas ocupavam leitos no estado. Entre setembro e outubro, houve uma queda nas internações, que chegaram a ficar em torno de 6 mil. Mas os números voltaram a subir, e há 15 dias seguidos o total de pacientes internados vem ficando acima de 10 mil.
A ocupação de leitos de UTI também vem subindo progressivamente e chegou nesta terça a 60,2% no estado e 65,8% na Grande São Paulo. O estado não registrava taxa de UTI acima de 60% desde 5 de agosto. Na última semana, algumas cidades da Grande São Paulo chegaram a registrar taxas acima de 80%.
Outros hospitais municipais da capital paulista também estão com os leitos para pacientes de Covid-19 próximos da lotação máxima, como o Santa Marcelina, Cruz Vermelha, Santa Casa de Santo Amaro e Hospital da Bela Vista. Nessas unidades, a ocupação passa de 80% (veja o infográfico abaixo).
Para o secretário municipal de Saúde de São Paulo, Edson Aparecido, que testou positivo para a doença nesta terça-feira, a pressão nos hospitais é um reflexo principalmente da ausência de distanciamento social na cidade.
“Nós tivemos o inquérito sorológico de 40 dias atrás, [que] apontou uma prevalência, um aumento muito grande de casos na chamada área da cidade de IDH alto: Vila Mariana, Butantã, Perdizes, Pinheiros, Lapa, Morumbi… E obviamente nesses casos, onde as pessoas voltaram a circular em bares, restaurantes, jovens foram para as baladas, contraíram a doença e levaram a doença pra casa”, afirmou o secretário.
“Quem está se contaminando de forma mais grave são aquelas pessoas que têm comorbidades – cardiopatas, diabéticos, deficientes renais – e os nossos idosos. Esses são o grupo de risco mais sério e que tem mais se adoentado, como aconteceu em outro momento. A juventude é aquela que mais se contamina, mas é aquela que menos fica doente.”
Nesta sexta-feira (11), o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou que vai garantir a abertura de 2 mil novos leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) destinados para pacientes da Covid-19.
O governo também anunciou a redução do horário de funcionamento de bares e ampliação do funcionamento do comércio para evitar aglomerações. No entanto, uma decisão liminar da Justiça desta segunda-feira (14) derrubou a proibição para que restaurantes parassem de servir bebidas alcoólicas às 20h, que era uma das regras do novo decreto.
Nesta terça, o estado de São Paulo chegou a 44.282 mortes e 1,34 milhão de casos confirmados desde o início da pandemia.
A média móvel diária de mortes, que leva em consideração os registros dos últimos 7 dias, é de 143 nesta terça. O valor é 17% maior do que o registrado há 14 dias, o que para especialistas indica tendência de alta. O estado registra tendência de alta nas novas mortes há 12 dias seguidos.
Já a média móvel diária de casos é de 4.412 nesta terça. O valor é 28% maior do que o registrado há 14 dias, o que também indica tendência de alta. A tendência de alta nos casos já é observada há 7 dias seguidos.
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G1 – Globo.
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