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Espera para conseguir uma avaliação cirúrgica na cidade de SP chega a 4 anos

O tempo de espera pela consulta que antecede uma cirurgia na cidade de São Paulo pode chegar a 4 anos, segundo dados obtidos pela produção do SP2 via Lei De

Espera para conseguir uma avaliação cirúrgica na cidade de SP chega a 4 anos
Espera para conseguir uma avaliação cirúrgica na cidade de SP chega a 4 anos

Redação Publicado em 12/05/2022, às 00h00 - Atualizado às 08h12


Cerca de 160 mil pessoas estão aguardando por uma consulta de avaliação. A especialidade com maior tempo de espera era a ortopedia.

O tempo de espera pela consulta que antecede uma cirurgia na cidade de São Paulo pode chegar a 4 anos, segundo dados obtidos pela produção do SP2 via Lei De Acesso À Informação.

Cerca de 160 mil pessoas estão aguardando por uma consulta do tipo. Até 70% dessas consultas resultam em cirurgia. De janeiro a março deste ano, a especialidade com maior tempo de espera era a ortopedia. Uma consulta com especialista para a avaliação da necessidade de uma cirurgia do joelho demora em média 1.672 dias, mais de 4 anos.

Para marcar com um especialista em pé e tornozelo são 1.503 dias de espera. Para escoliose são 1.125 dias.

Tempo de espera para a avaliação em outras áreas:

  • Cirurgia vascular: em média 322 dias de espera.
  • Urologia: em média 207 dias de espera.
  • Ginecologia: em média 142 dias.
  • Pequenas cirurgias: 2 meses de espera.

Caroline Fernandez Nesti, 29 anos, é uma das pessoas que espera pela realização de uma cirurgia. Ela convive com um problema no joelho desde pequena. Há 6 anos ela tenta agendar uma operação.

“Depois da última queda que eu tive minha perna só incha, dói 24 horas por dia e assim. Sem a cirurgia eu não consigo ter sustentação”, afirmou.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que os Hospitais Dia, que realizam procedimentos considerados de pequena e média complexidade, reforçaram a estrutura para cirurgias e procedimentos diagnósticos. Disse ainda que leitos dos outros hospitais foram destinados para cirurgias eletivas de maior complexidade.

Sobre a Caroline, a pasta informou que ela já foi encaminhada, mas não disse quando isso deve acontecer.

O número de cirurgias represadas no estado chegou a 600 mil, segundo informações do governador Rodrigo Garcia (PSDB). Grande parte dos procedimentos considerados não urgentes foi adiada durante a pandemia. Em abril, o governo estadual abriu um chamamento público para contratar 30 mil cirurgias em hospitais privados e Santas Casas que já prestam serviços para o estado.

600 mil pessoas esperando por cirurgia

Segundo o governador, a meta é zerar a fila de espera por cirurgias até o final deste ano. “Durante a pandemia, muitas cirurgias, muitos exames deixaram de ser feitos. Nós levantamos em todo o estado quantas cirurgias precisam ser feitas, vamos seguir com chamamento até o final do ano para zerar a fila”, afirmou o governador.

O anúncio foi feito durante a inauguração de uma nova unidade da Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, no Hospital Geral de Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo.

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G1

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