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Especialista da ONU pede o fim do consumo de animais silvestres

A chefe de biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma proibição global dos mercados para consumo de animais selvagens - como o de Wuhan,

Especialista da ONU pede o fim do consumo de animais silvestres
Especialista da ONU pede o fim do consumo de animais silvestres

Redação Publicado em 06/04/2020, às 00h00 - Atualizado às 16h18


Destruição da natureza é cada vez mais vista como fator principal de doenças

A chefe de biodiversidade da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu uma proibição global dos mercados para consumo de animais selvagens – como o de Wuhan, na China, que se acredita ser o ponto de partida do surto de coronavírus – para evitar futuras pandemias .

Elizabeth Maruma Mrema, secretária executiva da Convenção sobre Diversidade Biológica, disse que os países devem agir, proibindo “locais” que vendem animais vivos e mortos para consumo humano.

A China vetou, temporariamente, lugares onde animais como civetas, filhotes de lobos vivos e pangolins são mantidos vivos em pequenas gaiolas enquanto estão à venda, geralmente em condições sujas, onde incubam doenças que podem se espalhar entre os seres humanos. Mas diversos cientistas já apelam a Pequim para tornar a proibição permanente .

Usando os exemplos do ebola na África e do vírus Nipah no leste da Ásia, Mrema disse que havia ligações claras entre a destruição da natureza e as novas doenças humanas, mas alertou contra uma abordagem reacionária da pandemia de Covid-19 em andamento. “A mensagem que estamos recebendo é que, se não cuidarmos da natureza, ela cuidará de nós”, disse ela em coletiva.

“Devemos lembrar que há comunidades, principalmente rurais e de baixa renda, que dependem de animais selvagens para sustentar a subsistência de milhões de pessoas”, afirmou.

“Portanto, a menos que tenhamos alternativas para essas comunidades, pode haver o risco de abrir o comércio ilegal de animais selvagens, que atualmente já está nos levando à beira da extinção de algumas espécies”, apontou a autoridade da ONU.

iG

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