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Escola foi liberada para receber alunos mesmo com risco de desabamento, dizem moradores de Embu das Artes, na Grande SP

Pais de alunos que estudam na escola de educação especial Armando Vidigal Centro Educacional para Deficientes em Embu das Artes, na Grande São Paulo, afirmam

Escola foi liberada para receber alunos mesmo com risco de desabamento, dizem moradores de Embu das Artes, na Grande SP
Escola foi liberada para receber alunos mesmo com risco de desabamento, dizem moradores de Embu das Artes, na Grande SP

Redação Publicado em 11/02/2022, às 00h00 - Atualizado às 06h46


Pais de alunos que estudam na escola de educação especial Armando Vidigal Centro Educacional para Deficientes em Embu das Artes, na Grande São Paulo, afirmam que o local foi liberado para receber alunos, mesmo com o risco de desabamento.

Eles dizem também que o prédio não tem acessibilidade e as janelas estão quebradas.

Segundo os pais, um anúncio de reforma chegou a ser feito por membros da escola em dezembro de 2021. As obras começaram, porém, após o recesso de final de ano, os profissionais não voltaram para terminar o serviço.

“É muito triste porque a escola não tem condição de nenhuma criança vir. A diretora abriu as portas da escola na segunda-feira (7) para a gente ver a situação e é impossível deixar ela vir estudar nessa situação. Ela é uma criança especial, precisa de cuidados especiais”, afirmou a Françoeide Torres, de 44 anos, mãe de Tavila Fernanda Torres de Souza , de 25 anos, que frequenta o local.

A diretora da escola chegou a informar os pais que a prefeitura não apresentou uma contraproposta para os responsáveis que não quiserem que os alunos voltem a frequentar o local. E que a escola não tem condições de receber os 100 alunos que estão matriculados.

Os pais também foram informados, após uma reunião, que quem preferir pode manter os filhos em casa, mas é necessário assinar um termo de responsabilidade afirmando que foi por opção própria.

Sala de aula está com um buraco aberto com a terra solta.  — Foto: Arquivo pessoal

Sala de aula está com um buraco aberto com a terra solta. — Foto: Arquivo pessoal

O vereador Abidan Henrique (PDT), com um grupo de pais, encaminhou uma denúncia em dezembro de 2021 para o Ministério Público de São Paulo. “Depois da denúncia, o prefeito informou que iria começar a reforma, começou em janeiro deste ano, mas parou sem nenhuma justificativa. As aulas precisam ser retomadas agora em fevereiro, mas os alunos não podem frequentar um ambiente como esse.”

O MP informou que oficiou a Secretaria Municipal da Educação, para que informe se a escola está em funcionamento e “esclareça se as obras realizadas no imóvel foram concluídas, caso contrário, apresentar um cronograma de conclusão da reforma”.

A órgão também pediu que a secretaria informe se a escola está com risco de desabamento.

Atualmente o local está com seis salas funcionando de forma improvisada e cinco interditadas. Os alunos deveriam ter iniciado as aulas na segunda-feira (6), porém, como a escola está sem condições de recebê-los, todos estão estudando de forma remota.

O filho de Andreia Fagundes frequenta o local há cerca de 10 anos. Ela diz que o filho era cadeirante e que nos últimos anos começou a andar, mas com dificuldades. “Só de olhar o piso do local já me preocupei, quando entrei e vi as situações das salas fiquei com o coração aflito. Isso não é por causa da pandemia, essa escola está nessa situação há anos. Nós não temos como ficar com os nossos filhos em casa, e eles precisam estudar, aqui é o espaço deles.”

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G1

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