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Ernesto Araújo se reúne com Grupo de Lima que pode aumentar pressão contra Maduro

Dois dias depois de assumir o cargo de ministro das Relações Exteriores, o chanceler Ernesto Araújo desempenha nesta sexta-feira (4) sua primeira missão no

Ernesto Araújo se reúne com Grupo de Lima que pode aumentar pressão contra Maduro
Ernesto Araújo se reúne com Grupo de Lima que pode aumentar pressão contra Maduro

Redação Publicado em 04/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h00


Dois dias depois de assumir o cargo de ministro das Relações Exteriores, o chanceler Ernesto Araújo desempenha nesta sexta-feira (4) sua primeira missão no exterior. Ele participa da reunião do Grupo de Lima, que acontece na capital peruana. Há grande expectativa sobre as medidas que o grupo poderá tomar para pressionar o governo de Nicolás Maduro a restabelecer a democracia na Venezuela.

A reunião foi convocada para este início de janeiro para que os países tomem uma posição em relação a Maduro, antes da posse dele no dia 10 para um mandato de mais seis anos. A eleição dele, em maio, não teve a participação da oposição e sua legitimidade foi contestada por parte da comunidade internacional.

O encontro acontece depois da passagem por Brasília do secretário de estado americano Mike Pompeo, para a posse do presidente Jair Bolsonaro. Na quarta-feira (2) ele teve encontro de trabalho com o ministro Ernesto Araújo.

Ainda em Brasília, Mike Pompeo se encontrou na terça-feira (1º) com o ministro das Relações exteriores do Peru, Nestor Popolizio, que defende o rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela.

Antes de chegar a Brasília, Mike Pompeo passou pela Colômbia, onde se encontrou com o presidente Ivan Duque, em Cartagena. Os Estados Unidos não integra o Grupo de Lima. Mas há expectativa de que o secretário de Estado participe do encontro por meio de conferência por telefone. Na Colômbia, Mike Pompeo disse que apoia a proposta do presidente Ivan Duque para que os países do Grupo de Lima não reconheçam o governo de Maduro.

O Grupo de Lima foi criado em 2017 por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar para o restabelecimento da democracia na Venezuela. Além do Brasil e do Peru, mas 11 países integram o grupo – Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai.

Há um mês o ministro das Relações Exteriores do Peru, Nestor Popolizio, anunciou que o Peru vai propor da reunião desta sexta que o grupo decida pelo rompimento das relações diplomáticas com a Venezuela e adote outras medidas de caráter econômico para pressionar de Nicolás Maduro.

Maduro não foi convidado para participar da posse do presidente Jair Bolsonaro. O fato é um sinal da disposição do novo governo de endurecer a posição do Brasil em relação à Venezuela. O contraponto à posição brasileira é o México, onde o novo presidente, Andrés Manuel Lopez Obrador, convidou Maduro para a posse em 1° de dezembro, à qual ele compareceu. Lopez Obrador é primeiro político de esquerda eleito para a presidência do México, país que também integra do Grupo de Lima.

Nesta quinta-feira (3), antes de embarcar no Brasil, o ministro Ernesto Araújo publicou no Twitter: “Embarcando para Lima, onde participarei, com o assessor internacional da Presidência, Filipe G. Martins, da reunião do Grupo de Chanceleres das Américas que trabalham pela volta da democracia à Venezuela ( Grupo de Lima)”.

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