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Equipe de jornalismo é agredida por policial durante cobertura de audiência em Urânia

Uma equipe de reportagem do SBT Interior, que cobre a região noroeste paulista, foi agredida por um policial militar durante uma audiência na Justiça de um

Equipe de jornalismo é agredida por policial durante cobertura de audiência em Urânia
Equipe de jornalismo é agredida por policial durante cobertura de audiência em Urânia

Redação Publicado em 03/08/2017, às 00h00 - Atualizado às 09h13


Policial pegou celular do repórter do SBT e jogou no chão. Comando disse que vai apurar conduta do policial.

Uma equipe de reportagem do SBT Interior, que cobre a região noroeste paulista, foi agredida por um policial militar durante uma audiência na Justiça de um caso que levou políticos de Urânia (SP) à prisão. (VEJA VÍDEO ACIMA)

A audiência era para testemunhas de acusação, inclusive policiais federais, contarem à Justiça sobre as investigações de desvios de verbas federais feitas pelo ex-prefeito de urânia Francisco Airton Saracuza.

Saracuza e funcionários de confiança da prefeitura foram presos no início desse ano depois que os agentes descobriram a falta de dinheiro dos cofres da prefeitura.

Nesta terça-feira (1º), na primeira audiência do caso, um policial que fazia a escolta dos réus na chegada ao Fórum impediu que o repórter cinematográfico fizesse imagens, na rua, da chegada do carro da polícia. O PM ficou o tempo todo segurando o equipamento do cinegrafista.

Com o cinegrafista impedido pelo policial, o repórter, então, começou a filmar pelo celular. O PM pegou o celular dele e jogou no chão. O aparelho quebrou.

A Polícia Militar publicou uma nota dizendo que havia uma ordem verbal da Justiça para que a PM impedisse que a imprensa fizesse imagens no local e que a rua estava interditada.

A interdição foi feita por um único cavalete no meio da rua. O comando disse ainda que vai apurar a conduta do policial.

Repúdio da imprensa

O SBT Interior disse que repudia qualquer ato violento que interfira na liberdade de imprensa de qualquer veículo de comunicação.

Já a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), emitiu nota considerando inaceitável que profissionais de comunicação sejam agredidos e intimidados por policiais militares durante cobertura jornalística e pede às autoridades uma rigorosa apuração dos fatos.

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), publicou nota dizendo que lamenta o ocorrido, que condena a atitude do policial e que a violência contra jornalistas é também um atentado ao direito à informação.

Policial e repórter brigam para pegar o celular no chão (Foto: Reprodução/TV TEM)

Policial e repórter brigam para pegar o celular no chão (Foto: Reprodução/TV TEM)

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