Diário de São Paulo
Siga-nos

‘Entrei em desespero’, diz auxiliar que foi preso por engano em Buritama

O auxiliar geral Edson Andrade, 32 anos, tenta se recuperar ainda do susto depois de ficar três dias preso por enganoem uma cadeia de Penápolis (SP). Ele tem

‘Entrei em desespero’, diz auxiliar que foi preso por engano em Buritama
‘Entrei em desespero’, diz auxiliar que foi preso por engano em Buritama

Redação Publicado em 09/10/2016, às 00h00 - Atualizado às 09h22


Auxiliar geral tem o mesmo nome do rapaz que era procurado pela Justiça.
Acusação foi de tráfico de drogas e ele ficou preso por três dias.

O auxiliar geral Edson Andrade, 32 anos, tenta se recuperar ainda do susto depois de ficar três dias preso por enganoem uma cadeia de Penápolis (SP). Ele tem o mesmo nome de um foragido da Justiça e ao ir até o fórum da cidade, acabou sendo preso. “Ficar longe dos meus filhos, da família, fui preso injustamente, sem dever nada. Fiquei acuado dentro da cela, não sabia o que fazer, entrei em desespero já”, afirma o auxiliar.

Edson trabalha em uma cerâmica em Buritama (SP) e voltou a trabalhar nesta sexta-feira (7) depois de ficar três dias preso por engano. Edson conta que, na cadeia, pensava principalmente nos dois filhos, que cria sozinho.

A vida do Edson virou uma confusão depois que ele foi ao fórum da cidade, onde descobriu que estava sendo procurado pela Justiça. Ele achou estranho, já que não tem antecedentes criminais, e decidiu tirar a história a limpo. Do fórum, ele foi até a delegacia e para surpresa dele acabou sendo preso.

Auxiliar ficou preso por três dias (Foto: Reprodução / TV TEM)Auxiliar ficou preso por três dias
(Foto: Reprodução / TV TEM)

A acusação era de tráfico de drogas. Segundo os policiais, a vítima tem o mesmo nome de um foragido da penitenciária de Hortolândia (SP). A família de Edson custava a acreditar na situação. “Quando ficamos sabendo a gente foi atrás de um advogado para conseguir as fotos que estava na delegacia de Sorocaba e que comprovava o erro”, afirma Alessandro Aparecido, cunhado de Edson.

O advogado do Edson explica que o engano só foi resolvido depois que viram que o cliente dele não tinha tatuagem nos pés como consta na ficha do criminoso procurado. Além disso, o cliente também estava com a carteira de trabalho assinada no período que o detentor estava preso. “Provavelmente vamos entrar com uma ação indenizatória contra o Estado. A polícia em Buritama teve empenho na resolução do caso, mas houve um erro na lavratura do boletim de ocorrência em Sorocaba e esse erro trouxe trauma ao meu cliente”, afirma o advogado Wallison Silva.

Agora a única coisa que o Edson quer é tentar esquecer o que aconteceu. “Agora estou bem, graças a minha família. Ficar com os meus filhos agora é tudo que eu quero e esquecer isso”, afirma Edson.

Compartilhe  

últimas notícias