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Entenda quais são as suspeitas sobre Flávio Bolsonaro

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) investiga suspeitas de “rachadinha” (apropriação de parte do salário de funcionários) no antigo gabinete do agora senador

Entenda quais são as suspeitas sobre Flávio Bolsonaro
Entenda quais são as suspeitas sobre Flávio Bolsonaro

Redação Publicado em 20/06/2020, às 00h00 - Atualizado às 15h09


Senador Flávio Bolsonaro é investigado por promover rachadinha em seu gabinete na Alerj quando era deputado estadual no Rio de Janeiro

O Ministério Público do Rio (MP-RJ) investiga suspeitas de “rachadinha” (apropriação de parte do salário de funcionários) no antigo gabinete do agora senador Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).

Na última quinta-feira (18), mandados de busca e apreensão na Operação Anjo, organizada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro, foram cumpridos em endereços de pessoas ligadas ao senador. O ex-assessor dele,  Fabrício Queiroz, foi preso dentro de uma casa de propriedade do advogado de Flávio, Frederick Wassaf , por suspeita de interferir nas investigações.

Pagamentos de despesas em dinheiro vivo

O MP-RJ apontou indícios de que Fabrício Queiroz, ex-assessor de Flávio, pode ter sido o responsável por  até R$ 286,6 mil em pagamentos e transferências em espécie para cobrir despesas do então deputado estadual e de sua mulher, Fernanda Antunes.

Depósitos fracionados

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) encontrou 48 depósitos em espécie na conta de Flávio entre junho e julho de 2017, que somam cerca de R$ 96 mil, concentrados no terminal de autoatendimento da Alerj. Foram identificados depósitos em valores idênticos na conta do parlamentar em intervalo de poucos minutos.

Evolução patrimonial

O Ministério Público Federal (MPF) apura se Flávio lavou dinheiro por meio de transações imobiliárias. Ele adquiriu 19 imóveis desde 2003, quando assumiu o primeiro mandato. Uma das transações investigadas é a compra de dois apartamentos em Copacabana por intermédio do americano Glenn Dillard, que atuava como representante dos proprietários. O preço de venda causou, segundo o MP, prejuízos de cerca de 30% aos donos dos apartamentos

Divergência no faturamento de loja

O MP-RJ afirma que os recursos investidos por Flávio e sua mulher  na compra e abertura de uma loja de chocolates “não seriam compatíveis com a renda” do casal no período. E, de acordo com o MP-RJ, a loja apresentou uma diferença de R$ 1,63 milhão entre o faturamento auditado pela administração do shopping onde está localizada e o valor efetivamente recebido em suas contas bancárias entre 2015 e 2018.

IG
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