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Engenheiro é preso em flagrante pela Polícia Federal ao receber propina em Jales

Um engenheiro civil da Caixa Econômica Federal (CEF) foi preso em flagrante ao receber propina em Jales (SP), na manhã desta sexta-feira (2), durante a

Engenheiro é preso em flagrante pela Polícia Federal ao receber propina em Jales
Engenheiro é preso em flagrante pela Polícia Federal ao receber propina em Jales

Redação Publicado em 02/06/2017, às 00h00 - Atualizado às 17h12


Um engenheiro civil da Caixa Econômica Federal (CEF) foi preso em flagrante ao receber propina em Jales (SP), na manhã desta sexta-feira (2), durante a operação ‘Liquidação’ da Polícia Federal.

Segundo a PF, a abordagem foi feita perto da agência da cidade, no momento em que o engenheiro havia acabado de receber R$ 5 mil em propina, exigida de um empresário do ramo da construção civil. Segundo a PF, o engenheiro, de 63 anos, mora em Votuporanga (SP) e é credenciado pela Caixa para fiscalizar obras financiadas em vários municípios da região de Rio Preto.

A PF recebeu informações de que o engenheiro exigia pagamentos de propina (chamados por ele de consultoria) desse empresário para que parcelas dos financiamentos concedidos pela Caixa fossem liberadas para pagamento.

Segundo a polícia, enquanto o empresário não pagasse a quantia exigida, o engenheiro não aprovava o andamento da obra e a parcela do financiamento ficava bloqueada, ou seja, não era liberada pela Caixa Econômica Federal.

O delegado Cristiano Pádua da Silva afirma que o empresário procurou outra sede da PF que o orientou a procurá-los, já que o crime ocorria na região de Jales.

“O empresário até achou que a cobrança fosse devida, mas em alguns momentos o engenheiro passou a exigir mais dinheiro, além dos R$ 10 mil, que já haviam sido pagos. Com a ajuda PF, então, o empresário marcou a entrega de R$ 5 mil para esta sexta-feira, quando fizemos o flagrante”, diz.

De acordo com as informações recebidas pela PF, a superintendência da CEF de Rio Preto foi alertada pelo empresário em dezembro de 2016, mas o engenheiro continuava trabalhando normalmente até esta sexta-feira (2). A PF informa que também vai apurar esta informação.

Segundo a PF, as investigações continuam com o objetivo de identificar a participação de outros envolvidos e vítimas do esquema criminoso. A CEF informou à TV TEM, por meio de nota, que vai esperar ser notificada pela PF e que pretende colaborar com as investigações.

O nome da operação, ‘Liquidação’, foi dado devido à conduta do engenheiro em dar descontos e parcelar o pagamento da propina exigida, assim como pelo fato da PF ter liquidado a ação do preso. O engenheiro será indiciado por corrupção passiva com pena de até 12 anos de prisão. Ele será encaminhado para um presídio da região de Jales, onde ficará à disposição da Justiça Federal.

Dinheiro e cheques foram apreendidos pela Polícia Federal de Jales (Foto: Divulgação/PF)

Dinheiro e cheques foram apreendidos pela Polícia Federal de Jales (Foto: Divulgação/PF)

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