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Emprestado pelo Santos, Vitor Bueno revela insatisfação na Ucrânia e sondagens do Brasil

Emprestado pelo Santos ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, Vitor Bueno não consegue esconder a frustração ao falar de seus primeiros meses na Europa. No fim de

Emprestado pelo Santos, Vitor Bueno revela insatisfação na Ucrânia e sondagens do Brasil
Emprestado pelo Santos, Vitor Bueno revela insatisfação na Ucrânia e sondagens do Brasil

Redação Publicado em 02/01/2019, às 00h00 - Atualizado às 14h14


Cedido ao Dínamo de Kiev, meia fala de relação conturbada com treinador, avalia primeiros meses na Europa e diz que ama o Santos

Emprestado pelo Santos ao Dínamo de Kiev, da Ucrânia, Vitor Bueno não consegue esconder a frustração ao falar de seus primeiros meses na Europa. No fim de julho do ano passado, o meia de 24 anos foi envolvido em uma troca pelo atacante Derlis González.

Em entrevista ao GloboEsporte.com, Vitor Bueno revelou problemas na relação com o treinador do Dínamo, Alyaksandr Khatskevich, e se mostrou incomodado com as poucas atuações que vem tendo no futebol ucraniano: ele fez apenas três partidas pelo clube, com o qual tem contrato até o meio de 2020.

Por isso, não descarta retornar ao Brasil, embora reconheça a dificuldade de sair durante o empréstimo em acordo com o Dínamo e o Santos. Os ucraniamos terão, ao fim do vínculo, a opção de comprar Vitor Bueno por 10 milhões de euros.

– Eu esperava ter jogado mais. Fui para lá justamente por não estar jogando com o Jair Ventura. Não sei o que aconteceu, o treinador (do Dínamo) não conversa comigo. Eu não falava inglês, era difícil o diálogo, tinha sempre de colocar o intérprete. Estava treinando bem, estou me sentindo bem do joelho, 100%. Nunca deixei de treinar, nunca baixei a cabeça. Os primeiros meses na Europa são difíceis mesmo. O futebol é dinâmico, pode ser que no ano que vem eu ganhe mais chances – disse Vitor Bueno.

Diante da falta de espaço no Dínamo, Vitor Bueno não demonstra vontade de permanecer na Ucrânia, mesmo sabendo da dificuldade de uma possível saída, e vê com bons olhos uma transferência nesta janela. O meia, inclusive, revelou sondagens de clubes do Brasil.

– Acho que estou numa idade que preciso jogar. Não sei se vejo com bons olhos a permanência no Dínamo, se tenho tanta esperança no treinador que está lá. Ele mal olha na minha cara, não sei o que acontece – afirmou.

– Fiquei um bom tempo parado pela lesão (rompimento dos ligamentos do joelho), voltei esse ano e tive pouco mais de 20 jogos. Está na hora de jogar. É um talento desperdiçado, sei que posso render o que já rendi. Tem chegado algumas sondagens do Brasil. A gente vem analisando, acho que é um pouco dificil sair de lá (Ucrânia) para vir para cá (Brasil), mas tem possibilidades, sim. Os times, infelizmente, não posso revelar, foram só sondagens – comentou.

Vitor Bueno deixou o Santos com 104 jogos e 23 gols marcados. O meia se destacou em 2016, mas, após sofrer uma grave lesão no joelho em 2017, teve uma queda de rendimento e não recebeu muitas oportunidades até ser emprestado ao Dínamo.

Veja outros trechos da entrevista com Vitor Bueno:

Vitor Bueno deixou o Santos em julho de 2018 — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Vitor Bueno deixou o Santos em julho de 2018 — Foto: Ivan Storti/Santos FC

Primeiros meses no Dínamo

– Primeiro de tudo saí num momento conturbado do Santos, não era titular absoluto. Para falar a verdade, recebi três propostas antes de aceitar a proposta do Dínamo, a proposta foi boa pra mim financeiramente, juntou o útil ao agradável. Avalio a primeira temporada como uma experiência boa, não joguei muito, foram só três jogos. É um futebol diferente, não ponho a culpa na adaptação, até porque me adaptei rapidamente. É uma experiência nova.

Convencimento para ir à Ucrânia

– Tinham pessoas que queriam que eu continuasse, mas a maior força foi do presidente (José Carlos Peres), que fez força para eu sair. Quando chegou no valor que eu pedi, que até me surpreendeu eles terem chegado, mostraram que me queriam de verdade. No Santos eu jogava com frequência, mas não era titular. Chegou num valor bom, tinha a chance de jogar a Liga dos Campeões, mas o time não conseguiu a classificação, aí fomos para a Liga Europa.

– A negociação demorou porque no acordo não foi cumprido o que tinha sido combinado. O Dínamo foi correto. O Santos não sei se falhou com o Derlis, não sei o que aconteceu. Meus salários estavam acertados, eu estava dependendo do acordo com o Derlis com o Santos. Fiquei duas semanas na Ucrânia sem saber o que fazer, perdi pré-temporada, só aguardando.

Maior dificuldade de adaptação ao futebol ucraniano

– O frio, nunca tinha passado por negativo, e lá estava -10, é bastante frio. Claro que não é desculpa. Me adaptei rápido à cidade, time tem estrutura boa… O que mais deu uma estranhada foi o frio, mas tem campo coberto onde a gente treina. Os brasileiros facilitam muito na adaptação.

Mágoa do Santos?

– Não guardo mágoa do Santos, só gratidão. Foi o time que me projetou, que me deu oportunidade. Gosto muito do Santos, amo o Santos. Se eu tiver a oportunidade de vestir a camisa do Santos de novo seria uma honra.

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