O empresário de 44 anos preso em Marílía (SP) nesta quinta-feira (23), durante a 3ª fase da operação "Etanol", deu início ao esquema que desviou R$ 28 milhões
Redação Publicado em 23/08/2018, às 00h00 - Atualizado às 15h33
O empresário de 44 anos preso em Marílía (SP) nesta quinta-feira (23), durante a 3ª fase da operação “Etanol”, deu início ao esquema que desviou R$ 28 milhões de uma cooperativa de açúcar e etanol, conforme informou a Polícia Civil.
A defesa do suspeito não foi localizada para falar sobre a prisão. De acordo com a polícia, o dinheiro foi desviado de uma cooperativa de açúcar e etanol.
A operação foi deflagrada pela Polícia Civil do Mato Grosso, que cumpre nesta quinta-feira 50 ordens judiciais, sendo 46 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão nos estados de São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Rondônia, Minas Gerais e Paraná.
Segundo informações da Delegacia de Investigações Gerais de Marília, o empresário Júnio José Graciano é ex-gerente da cooperativa alvo das investigações sobre o esquema de corrupção. Ele é investigado por desvio e lavagem de dinheiro, e já estava desligado da empresa há anos, porém, de acordo com a polícia, indicou o atual diretor que continuou com o esquema de corrupção.
Graciano foi preso em casa, no Jardim Santa Teresa. Alguns documentos e objetos pessoais foram apreendidos para perícia. A prisão preventiva foi decretada e ele permanece na delegacia.
A cooperativa tem 46 cooperados, divididos em 19 famílias, quase todas moradoras de Campo Novo do Parecis (MT), e constitui importante fonte de renda e emprego da cidade.
Na fase atual da operação, 3 ex-funcionários da cooperativa, entre eles o empresário de Marília, e a pessoa responsável pela abertura de empresas de fachadas para lavar o dinheiro tiveram ordens de prisão decretadas. Alguns têm mais de um domicílio e serão notificados nas cidades ou estados que forem encontrados.
Outros endereços, como residências e empresas fantasmas, serão alvos de busca e apreensão de materiais.
O delegado que preside a investigação, Adil Pinheiro de Paula, informou que o objetivo da nova fase da operação é arrecadar elementos e apreender documentos fiscais e contábeis, que comprovem a movimentação financeira já detectada e investigada pela Polícia Civil, em parceria com o Ministério Público.
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