Embraer demite 2,5 mil funcionários no Brasil entre cortes e saídas voluntárias

Medida se deve aos impactos da pandemia do novo coronavírus e cancelamento da parceria com a Boeing

A Embraer anunciou nesta quinta-feira (3) que deverá demitir cerca de 900 funcionários no Brasil, o que corresponde a 4,5% de seu efetivo total no país. A medida decorre dos impactos causados pela pandemia do novo coronavírus (Sars-Cov-2) na economia global e pelo cancelamento da parceria com a Boeing . De acordo com comunicado da empresa, o ajuste tem como objetivo assegurar a sustentabilidade da empresa e sua capacidade de engenharia. Além das 900 demissões, outros 1,6 mil já foram cortados em três Planos de Demissão Voluntária (PDVs) neste ano, totalizando 2,5 mil demissões.

A Embraer argumenta que pandemia afetou particularmente o setor de aviação comercial, que no primeiro semestre deste ano apresentou redução de 75% das entregas de aeronaves , em comparação com igual período do ano passado.

Além disso, acrescenta, a situação se agravou com a duplicação de estruturas para atender a separação da aviação comercial, em preparação à parceria não concretizada por iniciativa da Boeing , e pela falta de expectativa de recuperação do setor de transporte aéreo no curto e médio prazos.

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“A companhia reconhece e agradece o empenho sempre demonstrado pelos profissionais que deixam a organização neste momento. E conta com o engajamento de todos para atravessar a grave crise atual e manter a empresa competitiva no mercado global”, acrescenta a Embraer em seu comunicado.

Desde o início da pandemia, a Embraer adotou uma série de medidas para preservar empregos, como férias coletivas, redução de jornada, lay-off, licença remunerada e três planos de demissão voluntária. Os três PDVs registraram adesão voluntária de cerca de 1,6 mil colaboradores no Brasil.

Além disso, assim como outras empresas no Brasil e no mundo, também reduziu o trabalho presencial nas unidades industriais com o objetivo de zelar pela saúde dos funcionários e garantir a continuidade dos negócios.

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Brasil Econômico