Em uma semana, o Ministério Público (MP) de São Paulo ouviu mais de 20 mulheres que acusam João de Deus de abusos sexuais cometidos durante sessões
Redação Publicado em 18/12/2018, às 00h00 - Atualizado às 07h32
Em uma semana, o Ministério Público (MP) de São Paulo ouviu mais de 20 mulheres que acusam João de Deus de abusos sexuais cometidos durante sessões espirituais em Abadiânia, Goiás.
Segundo a assessoria de imprensa do MP-SP, desde a última terça-feira (11), 21 vítimas foram ouvidas por promotores do grupo de apoio à força-tarefa criada pelo Ministério Público de Goiás para receber denúncias contra o médium.
As denúncias estão sendo encaminhadas para a Promotoria de GO. Basicamente elas contam que foram a Casa Dom Inácio em busca de cura física e espiritual, mas acabaram abusadas pelo líder religioso.
Por decisão da Justiça, João Teixeira de Faria, o João de Deus, de 76 anos, está preso preventivamente suspeito de crimes sexuais contra 15 vítimas. Ele se entregou à Polícia Civil de Goiás no domingo (16). Segundo sua defesa, o médium nega as acusações e alega inocência.
Mais 14 ex-fiéis deverão prestar depoimentos na capital paulista ainda neste ano, possivelmente até quarta-feira (19). Em janeiro, quando termina o recesso judicial, a Promotoria em São Paulo retomará os trabalhos ouvindo mais mulheres que se dizem vítimas de João de Deus. O número ainda não foi divulgado.
Até a publicação desta reportagem, o Ministério Público de Goiás havia recebido mais de 500 denúncias de mulheres acusando o médium de assédios. São vítimas de 13 estados brasileiros e do Distrito Federal. Algumas delas disseram ter sido abusadas quando eram crianças ou adolescentes.
Também há ex-pacientes estrangeiras de seis países que disseram ter sido molestadas pelo médium, que também é chamado de ‘pai’ por seus seguidores.
Segundo a comunicação do MP-SP, a promotora Gabriela Manssur aguarda o retorno de uma ONG internacional que poderia auxiliar a ouvir os depoimentos dessas estrangeiras fora do Brasil.
Até a publicação desta reportagem, parte das vítimas citou o possível envolvimento de ao menos quatro funcionários do médium nos crimes. Segundo elas, eles seriam coniventes com os abusos sexuais em Abadiânia. Por esse motivo, essas pessoas também podem ser responsabilizadas pelos mesmos crimes.
Além de Gabriela, a promotoria Valéria Scarance também integra o grupo de apoio do MP-SP. Segundo ela, o número de vítimas ainda pode aumentar, já que foi aberto um canal de denúncia por e-mail ([email protected]).
O MP-SP também recebeu o relato de um grupo que reúne mais de 200 mulheres que teriam sofrido abuso, mas nem todas quiseram se identificar ou formalizar as queixas. Entre os prováveis crimes que João de Deus pode responder estão estupro, estupro de vulnerável e violação sexual mediante fraude.
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