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Em SP, volume de vendas cai 62,8% em abril, diz associação

O comércio paulistano encerrou o mês de abril com queda de 62,8% no volume de vendas, em relação a abril de 2019, número explicado pelo contexto da pandemia

Em SP, volume de vendas cai 62,8% em abril, diz associação
Em SP, volume de vendas cai 62,8% em abril, diz associação

Redação Publicado em 06/05/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h32


As vendas a prazo tiveram queda de 56,5% e as pagas à vista, 69%

O comércio paulistano encerrou o mês de abril com queda de 62,8% no volume de vendas, em relação a abril de 2019, número explicado pelo contexto da pandemia de covid-19. De acordo com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), as vendas a prazo caíram 56,5% e as pagas à vista, 69%. Na comparação com abril de 2019, os recuos foram, respectivamente, de 51,8%, 39,9% e 63,7%.

Na avaliação do economista da ACSP Marcel Solimeo, as empresas de menor porte são as que têm tido mais dificuldades para resistir à adversidade. A maioria delas, diz ele, não dispõem de plataformas online para manter o comércio funcionando enquanto vigoram as medidas de quarentena.

Em nota, a organização destaca que recorreu, em articulação com a Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), ao governador de São Paulo, João Doria, e ao prefeito da capital, Bruno Covas, pedindo a reabertura parcial do comércio a partir de 1º de maio. O plano era aproveitar o Dia das Mães para fechar vendas.

Análise elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) indica que, no estado de São Paulo, o prejuízo do setor varejista foi de R$ 26,58 bilhões, entre 15 de março e 18 de abril. A unidade federativa foi a que mais perdeu ao longo das cinco semanas, seguida de Minas Gerais (R$ 6,90 bilhões) e Rio Grande do Sul (R$ 6,63 bi). Em termos relativos, Piauí (-49,6%), Ceará (-49,3%) e Santa Catarina (-46,8%) lideram a lista.

Em âmbito nacional, o setor deixou de faturar R$ 86,4 bilhões. A CNC acrescenta que cerca de 80% dos estabelecimentos comerciais foram fechados a partir da segunda quinzena de março, em cumprimento a decretos estaduais e municipais.

Apesar de entidades representativas dos comerciantes defenderem a reabertura de lojas, pode ser que as atividades não essenciais, nas quais se enquadram, demorem para voltar ao normal na capital paulista.

Nos últimos dias, Bruno Covas tem reiterado enfaticamente que o relaxamento do isolamento social e a consequente retomada das atividades econômicas deverão ocorrer somente se houver a certeza de segurança para a saúde da população.

O boletim mais recente da Secretaria Municipal da Saúde, dessa terça-feira (5), informa que o município já registra 22.249 casos confirmados de covid-19, 87.871 casos suspeitos e 1.826 óbitos.

ABr

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