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Em nota, MBL critica “trabalho lamentável” de Weintraub e pede saída do ministro

Nesta terça-feira (28), o Movimento Brasil Livre (MBL) divulgou nota pedindo a saída do ministro Abraham Weintraub do Ministério da Educação e a substituição

Em nota, MBL critica “trabalho lamentável” de Weintraub e pede saída do ministro
Em nota, MBL critica “trabalho lamentável” de Weintraub e pede saída do ministro

Redação Publicado em 29/01/2020, às 00h00 - Atualizado às 11h20


Segundo grupo, permanência é incompatível com “um governo que prometeu um ministério de notáveis”

Nesta terça-feira (28), o Movimento Brasil Livre (MBL) divulgou nota pedindo a saída do ministro Abraham Weintraub do Ministério da Educação e a substituição por alguém “que esteja à altura do cargo”.

No texto, o grupo relembrou a polêmica envolvendo a aplicação e a correção da prova do Enem 2019, apontado por Weintraub como o melhor de todos os tempos, mas que acabou se tornando grande dor de cabeça para o MEC, para ressaltar o “trabalho lamentável” exercido pelo ministro.

“Infelizmente, a inadequação de Weintraub ao cargo não se resume à sua intemperança verbal. Ela é mais grave e é incompatível com um governo que, durante a campanha eleitoral, prometeu um ministério de notáveis”, afirma a nota do MBL.

O grupo, que tem o deputado Kim Kataguiri (DEM-RJ) como seu principal nome e representante na Câmara, pede que Weintraub seja substituído por alguém “competente, técnico e responsável”.

Veja a nota na íntegra:

“O Movimento Brasil Livre (MBL) vem em nota pedir a saída do ministro Abraham Weintraub do Ministério da Educação, em virtude do trabalho lamentável que ele tem exercido à frente de uma das mais importantes pastas ministeriais.

A presença do ministro Weintraub é incompatível com um governo que, durante a campanha eleitoral, prometeu um ministério de notáveis. O ministro Weintraub, entretanto, se notabiliza, exclusivamente, por sua falta de decoro e incompetência.

No que concerne à falta de decoro, basta-nos recordar as inúmeras declarações descabidas que o ministro deu ao longo do ano passado. Formam uma lista extensa, da qual basta citar a alusão ao escritor Kafta (primo árabe, talvez, do tcheco Kafka), a declaração sobre as supostas “plantações extensivas de maconha” nas universidades públicas; o xingamento “égua sarnenta e desdentada”, desferido contra a mãe de uma internauta que lhe questionava. É, realmente, como diria o ministro, imprecionante.

Infelizmente, a inadequação de Weintraub ao cargo não se resume à sua intemperança verbal. Ela é mais grave. Paralisia e ausência de projetos para a educação caracterizam a sua passagem pelo ministério. Por fim, estamos assistindo a erros sucessivos na condução do ENEM: notas incorretas, recorreções e, neste momento, o vazamento do SISU, descumprindo ordem judicial.

Resta claro que Abraham Weintraub não tem os predicados de um ministro da educação. Falta-lhe a postura do cargo, a iniciativa e a competência, até no que se refere a algo elementar como a simples divulgação correta das notas do ENEM. Ele deve ser substituído por alguém competente, técnico e responsável, à altura do importante cargo que ocupa.”

iG

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