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Em dia de caos global, dólar dispara e se aproxima de R$ 4,80

O dólar dispara e opera com forte alta desde a abertura do mercado, marcado pela forte queda do preço do petróleo e o avanço do coronavírus pelo mundo. O caos

Em dia de caos global, dólar dispara e se aproxima de R$ 4,80
Em dia de caos global, dólar dispara e se aproxima de R$ 4,80

Redação Publicado em 09/03/2020, às 00h00 - Atualizado às 13h52


Queda expressiva do petróleo e avanço do coronavírus são principais razões da agitação

O dólar dispara e opera com forte alta desde a abertura do mercado, marcado pela forte queda do preço do petróleo e o avanço do coronavírus pelo mundo. O caos dos mercados é global, favorecendo moedas fortes, como a norte-americana, que se valoriza.

No início desta semana, o Banco Central cancelou um leilão de até US$ 1 bilhão em swaps que estava previsto, e aumentou a oferta anunciando outro leilão do mesmo tipo, mas com oferta de até US$ 3 bilhões, buscando conter a alta do dólar .

Na máxima, a moeda norte-americana chegou a atingir R$ 4,7906, com uma alta bem acima de 3%. Às 10h01, passado o auge da valorização da manhã, o dólar segue com alta expressiva, a R$ 4,7475 (+2,61%).

Na última sexta-feira (6), a moeda teve a primeira queda após 12 altas seguidas, e fechou a R$ 4,6343 (-0,36%), interrompendo os recordes sucessivos. Na semana passada, a alta acumulada foi de 3,42%, levando o resultado de 2020 a 15,57%. Desde a sua criação, o Real nunca valeu tão pouco em relação ao dólar.

Petróleo é principal motivador da alta do dólar nesta segunda

Após a Arábia Saudita cortar o valor de venda do barril de petróleo e sinalizar o início de uma guerra de preços entre os principais produtores do mundo, o resultado foi imediato.

O petróleo teve sua maior queda diária desde a Guerra do Golfo (1990 e 1991), chegando a superar os 31%, e nesta segunda a queda ainda supera os 20%.

A relação entre Arábia Saudita e Rússia em relação ao petróleo se estremeceu após as negociações com a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) não trazerem bons frutos sobre reduções de produção. A razão para o atrito e a redução da busca pelo petróleo foi motivada pelo coronavírus, outro grande motivador do caos dos mercados globais.

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