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Em 2019, número de ocupados cresceu 1,7% e salário médio caiu 3,5%

Apesar do aumento do número de empresas e de pessoal ocupado em 2019, o país registrou queda de 3,5% no salário médio mensal que foi de R$ 2.975,74, ante R$

Em 2019, número de ocupados cresceu 1,7% e salário médio caiu 3,5%
Em 2019, número de ocupados cresceu 1,7% e salário médio caiu 3,5%

Redação Publicado em 24/06/2021, às 00h00 - Atualizado às 10h59


Segundo IBGE, numero de assalariados chegou a 53,2 milhões

Apesar do aumento do número de empresas e de pessoal ocupado em 2019, o país registrou queda de 3,5% no salário médio mensal que foi de R$ 2.975,74, ante R$ 3.085,21 no ano anterior. Em 2019, o número de empresas e outras organizações formais no país atingiu 5,2 milhões com 53,2 milhões de pessoal ocupado no total.Em 2019, número de ocupados cresceu 1,7% e salário médio caiu 3,5%Em 2019, número de ocupados cresceu 1,7% e salário médio caiu 3,5%

Os dados constam do Cadastro Central de Empresas (Cempre) 2019 divulgado hoje (24) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento abrange órgãos da administração pública, entidades empresariais e sem fins lucrativos e organizações internacionais.

Na comparação com 2018, observou-se aumento de 301 mil empresas e outras organizações, uma variação 6,1%. O pessoal assalariado cresceu 1,7%, o equivalente a 758,6 mil pessoas. O número de sócios e proprietários aumentou 3,6% (ou 244,1 mil pessoas). Por outro lado, o total de salários e outras remunerações caiu 0,7%, em termos reais.

Segundo o gerente da pesquisa, Thiego Ferreira, esse comportamento de queda do salário ainda no período pré-pandemia de covid-19 pode ser explicado pela combinação de alguns fatores como a aceleração inflacionária, a taxa de desemprego elevada, a mudança na composição do pessoal assalariado, com a reposição por uma mão de obra mais barata e a criação de vagas com remuneração mais baixa. Essa queda salarial também pode ser explicada pelo aumento da automação e da informatização da economia.

De acordo com o levantamento, 55,2% do pessoal ocupado assalariado eram homens e 44,8%, mulheres. Os homens receberam um salário mensal médio (R$ 3.188,03) 17,5% superior ao das mulheres (R$ 2.713,92).

As entidades empresariais eram 90,6% das organizações ativas, ocupando 71,6% dos assalariados e pagando 60,8% dos salários e remunerações. Já a administração pública respondeu por 0,4% das empresas e outras organizações, 21,4% dos assalariados e 32,5% dos salários e remunerações.

Atividades econômicas

Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas registraram 21,3% do pessoal ocupado total, 19,3% dos assalariados e 34,2% do número de empresas.

Administração pública, defesa e seguridade social ficaram na segunda colocação em pessoal assalariado (16,8%) e a primeira colocação em salários e outras remunerações (25%).

O setor de indústrias de transformação ficou com a segunda colocação em salários e outras remunerações (16,3%) e na terceira posição em número de empresas (7,5%) e em pessoal ocupado assalariado (15,9%).

As atividades administrativas e serviços tiveram o maior aumento proporcional de assalariados (11,3%) enquanto o setor de educação teve a maior perda (1,2%).

Os setores com os maiores salários médios mensais foram da área de eletricidade e gás, com R$ 7.186,14 e atividades financeiras e seguro, como R$ 5.941,42. Na outra ponta, com média salarial abaixo de R$ 2 mil estão agricultura, pecuária, comércio, reparação de veículos, atividades administrativas, alojamento e alimentação.

Pela primeira vez, o Cempre traz informações sobre empresas que participam do comércio exterior. Em 2019, as empresas exportadoras representaram 0,4% das organizações ativas, que ocuparam 5 milhões de assalariados (10,8% do total de assalariados). Já as importadoras eram 0,7% das organizações, que ocuparam 8,3 milhões de assalariados (17,8% do total).

Nas organizações exportadoras, a remuneração era 41% acima da média nacional e nas importadoras, 47%. Quase todas as exportadoras eram da indústria (62,5%) e do comércio (30,1%).

Esta edição do Cempre incorporou informações provenientes do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas, o eSocial, que está substituindo gradativamente a Relação Anual de Informações Sociais. A partir desta edição, foram realizados ajustes metodológicos para a seleção das unidades ativas.

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EBC

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