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Eleições EUA: Biden pode enfraquecer direita populista, diz cientista político

Adversário de Donald Trump nas eleições americanas, o democrata Joe Biden aparece, no momento, como favorito ao pleito, que irá acontecer no dia 3 de

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Redação Publicado em 13/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 12h00


Segundo cientista político, vitória do democrata reforçaria “visão global” em detrimento do nacionalismo

Adversário de Donald Trump nas eleições americanas, o democrata Joe Biden aparece, no momento, como favorito ao pleito, que irá acontecer no dia 3 de novembro. Em caso de vitória de Biden, os democratas voltarão ao poder depois de quatro anos, quando foram derrotados por Trump . Entretanto, a vitória do ex-vice-presidente pode significar mais.

Na avaliação de Leandro Consentino, cientista político e professor do Insper, uma possível vitória de Biden pode enfraquecer a “direita populista” e pode gerar mudanças em outras nações comandadas por políticos que seguem tal ideologia.

“[A eleição de Biden] Tem um impacto que enfraquece a direita populista, essa extrema-direita que cresceu na Hungria, no Brasil, e acaba acenando para que comecem ventos de mudança nos Estados Unidos. Tempo que resgata algo do governo Obama , do qual ele [Biden] foi vice, e das administrações democratas em detrimento dessa visão antissistema do Donald Trump”, diz Consentino, que completa:

“A vitória do Biden reforçaria uma visão global das coisas em detrimento de uma visão mais nacionalista”.

Meio ambiente e direitos humanos

Outro impacto que a eleição de Biden pode ter , na visão do cientista político, é a mudança na abordagem de temas como meio ambiente e direitos humanos.

“Claramente, o Biden acena para esse tipo de pauta. Ele propõe algo como um Green New Deal, que faz referência ao New Deal do ex-presidente Roosevelt, para pensar uma reconstrução norte-americana pós-pandemia com bases limpas, com base no desenvolvimento sustentável”, afirma Consentino.

O cientista diz ainda que Biden “acena para o sistema de saúde” dos Estados Unidos e para pautas que envolvam os mais pobres, as minorias e os mais vulneráveis. Tal posicionamento vai na direção contrária ao de Trump e significaria uma mudança de panorama para a sociedade americana.

De derrotado nas primárias a potencial presidente

A campanha de Biden para a Casa Branca não começou da maneira ideal. Nas primeiras rodadas das primárias, ele conseguiu apenas um segundo lugar e estava distante dos primeiros. Entretanto, com o tempo, o número de pré-candidatos começou a cair até que sobrassem apenas ele e Bernie Sanders, que desistiu e declarou apoio a Biden.

Para disputar o pleito, Biden escolheu a senadora Kamala Harris como candidata à vice-presidente. A escolha visa ter um companheiro de chapa novo, uma vez que Biden já tem 77 anos de idade. Em caso de vitória, ela será a primeira mulher vice-presidente dos EUA.

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IG

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