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Eleição adiada no Amapá foi para evitar “risco concreto ao eleitor”, diz TRE

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), desembargador Rommel Araújo, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (12) que a decisão

Eleição adiada no Amapá foi para evitar “risco concreto ao eleitor”, diz TRE
Eleição adiada no Amapá foi para evitar “risco concreto ao eleitor”, diz TRE

Redação Publicado em 12/11/2020, às 00h00 - Atualizado às 17h57


Presidente do tribunal, o desembargador Rommel Araújo disse que a ideia foi manter a segurança durante a pandemia da Covid-19

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP), desembargador Rommel Araújo, disse em entrevista coletiva nesta quinta-feira (12) que a decisão de adiar as eleições municipais no Macapá, capital do estado, foram para evitar um “risco concreto ao eleitor” durante a pandemia da Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2).

“Esse é um risco que não posso deixar as pessoas passarem. Há 192 mil eleitores no Macapá. Essas pessoas precisam que a democracia seja exercida de forma serena, tranquila e segura”, afirmou Araújo, acompanhado do corregedor eleitoral e vice-presidente, desembargador Gilberto Pinheiro.

Questionado se a decisão de adiar o pleito não poderia ser configurada como uma decisão política por haver a possibilidade de alguns candidatos serem beneficiados, o presidente do tribunal disse que “pensar dessa forma seria considerar que o Ministério Público Eleitoral, um órgão respeitado, também teria tomado uma decisão política”.

Sem data definida

Após enviar ofício ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pedindo para que a eleição fosse adiada e a Corte acatar esse pedido , Araújo afirmou que ainda não há uma data definida. “Nesse sentido nós aguardamos um retorno do TSE. Nós queríamos que fosse no dia 29 de novembro, junto com o 1º turno, mas há uma questão de incompatibilidade que não permite a contabilização de votos do 1º e 2º turno ao mesmo tempo”, disse.

“Ainda temos muitas dúvidas e não sabemos como será a propaganda eleitoral e todas as perguntas que vocês fazem são as que nós fazemos. Isso é uma coisa que muda toda a logística do calendário eleitoral”, completou Araújo.

O desembargador titular do TRE-AP ainda disse que se sente confiante de que não haverá uma “convulsão social” na capital por conta do adiamento. Segundo ele, a Polícia Federal e a Polícia Civil estão trabalhando para que tudo corra de forma tranquila e que facções criminosas não se aproveitem desse momento para incitar a população a se revoltar.

Nos demais municípios do Amapá, Araújo disse que o 1º turno das eleições ocorre normalmente já neste domingo (15). Para isso, serão utilizadas 1.200 baterias, preparadas para situações excepcionais de falta de energia.

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iG

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