A pandemia do coronavírus diminuiu a atividade global, inclusive reduzindo a emissão de gases do efeito estufa e poluentes. No entanto, um estudo divulgado na
Redação Publicado em 09/08/2020, às 00h00 - Atualizado às 14h23
A pandemia do coronavírus diminuiu a atividade global, inclusive reduzindo a emissão de gases do efeito estufa e poluentes. No entanto, um estudo divulgado na revista científica Nature Climate Change indica que ela foi “insignificante” para alterar o rumo das mudanças climáticas no planeta.
O estudo foi assinado por cientistas de universidades de diversos países, incluindo pesquisadores do Reino Unido, Estados Unidos e Alemanha. Eles estimam que a queda nas emissões durante a pandemia deve levar a uma redução de 0,005°C a 0,01°C na temperatura global.Os pesquisadores analisaram dados de 123 países que são responsáveis por mais de 99% das emissões de gás carbônico no mundo.
As informações envolviam a mobilidade dentro dos países entre fevereiro e junho. Com isso, eles concluíram que o pico das reduções das atividades econômicas foi em abril. Reprodução Aquecimento global. Via Stock Próximos anos podem ser decisivos para os cientistas, se o mundo adotar uma “recuperação verde” pós pandemia, o aquecimento global pode ficar abaixo de 1,5°C até 2050. Para isso, eles modelaram cinco possíveis cenários para o futuro do mundo após a Covid-19.
O primeiro cenário prevê que os países vão manter as emissões conforme previsto por cada nação para conter as mudanças climáticas. O segundo, elas diminuiriam por um período de dois anos, retomando ao nível anterior à pandemia em 2022. O terceiro, um pouco mais pessimista, estabelece que a recuperação econômica pós-pandemia vai aumentar o consumo de combustíveis fósseis sem estímulo a fontes alternativas de energia – nesse caso, as emissões seriam 10% maiores em 2030 do que o normal.
Os dois outros cenários são mais positivos: no primeiro, a recuperação acompanha um “estímulo verde moderado”, resultando em uma queda de 35% na emissão de gases do efeito estufa até 2030, com o número zerando globalmente até 2060.
Por fim, com “forte estímulo verde”, a emissão de gases pode cair em 50% até 2030, e ser zerada até 2035.Assim, os cientistas dizem que tudo depende de como será a retomada pós-pandemia: como a redução das atividades não teve efeito considerável durante a fase mais complicada da Covid-19, a forma como países vão lidar com a recuperação e a retomada nos próximos anos pode determinar se o mundo vai atingir a meta estabelecida pelo Acordo de Paris de 2015 ou não.
Via: G1
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