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Economistas do mercado preveem menos inflação para 2016, diz pesquisa do BC

RIO - Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor

Economistas do mercado preveem menos inflação para 2016, diz pesquisa do BC
Economistas do mercado preveem menos inflação para 2016, diz pesquisa do BC

Redação Publicado em 03/10/2016, às 00h00 - Atualizado às 11h56


Focus: analistas reduzem novamente previsão de inflação para 2016

IPCA deve encerrar o ano em 7,23%; projeções para PIB e Selic são mantidas

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– Daniel Marenco / Agência O Globo

RIO – Os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo Banco Central (BC) voltaram a reduzir a projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A pesquisa indica que a inflação oficial deve ficar em 7,23% este ano, 0,02 ponto percentual abaixo do que era esperado na semana anterior.

A previsão para a inflação deste ano passou de 7,25% na semana passada para 7,23%, caindo pela terceira semana seguida. Se o IPCA de fato fechar 2016 neste patamar será a segunda vez seguida que ficará acima do teto da meta estabelecida pelo governo. O objetivo do BC é que a taxa este ano fique em 4,5%, podendo variar dois pontos para cima ou para baixo. Em 2015, a inflação ficou em 10,67%.

Para o ano que vem, os analistas preveem no Focus desta semana uma taxa de inflação de 5,07%, mantendo a mesma taxa indicada na semana passada. A meta de inflação em 2017 também é de 4,5%, mas a variação tolerada é menor, de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Nesta sexta-feira, o IBGE vai divulgar a inflação oficial de setembro. De acordo com a projeção do Bradesco, a taxa deve ficar em 0,18%, desacelerando devido à descompressão dos preços dos alimentos.

No relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, os analistas mantiveram pela sétima semana consecutiva a expectativa de que a taxa básica de juros termine este ano em 13,75%. Desde julho do ano passado, a taxa está em 14,25% ao ano. Para o ano que vem, a previsão de Selic a 11% ao ano foi mantida inalterada pela quarta semana seguida.

Na semana passada, o BC divulgou o relatório trimestral de inflação e, segundo o documento, passou o IPCA abaixo do centro da meta, de 4,5%, tanto em 2017 quanto em 2018, apontando progressos em relação à alta dos preços de alimentos e reforçando no mercado as apostas de corte de juros já na próxima reunião.

Assim, os economistas que mais acertam as previsões, grupo chamado de Top-5, também alteraram a expectativa para a reunião deste mês de manutenção dos juros para corte de 0,25 ponto percentual, mantendo as projeções para a taxa básica ao fim de 2016 em 13,75% e em 11,25% em 2017.

O desempenho da economia previsto para este ano também ficou inalterado. Os analistas preveem um tombo de 3,14%. Para o ano que vem, a previsão da semana passada também foi mantida: o PIB deve crescer 1,30%.

A cotação do dólar frente ao real no fim deste ano registrou queda no relatório divulgado hoje. A moeda americana deve encerrar o ano a R$ 3,25 — na semana anterior previa-se R$ 3,29. Para dezembro de 2017, o câmbio foi reduzido de R$ 3,45 para R$ 3,40.

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