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‘É preciso olhar o investidor, mas também o brasileiro’, diz Silva e Luna

“São três aspectos na situação atual que precisam ser levados em conta: a valorização do petróleo e do dólar, o interesse do investidor, que está de olho no

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Redação Publicado em 20/02/2021, às 00h00 - Atualizado às 19h25


O general Joaquim Silva e Luna, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para o comando da Petrobras, afirmou neste sábado (20) que é preciso olhar a empresa sob a perspectiva dos investidores, mas também do brasileiro que precisa se locomover e abastecer seu veículo.

“São três aspectos na situação atual que precisam ser levados em conta: a valorização do petróleo e do dólar, o interesse do investidor, que está de olho no preço das ações, e também o interesse do país e do brasileiro que precisa se locomover e abastecer seu veículo”, afirmou Silva e Luna. “É preciso olhar o investidor, mas também o brasileiro”.

Silva e Luna disse ainda que o presidente não fez nenhum pedido a ele com relação à administração da empresa. Nos últimos dias, Bolsonaro fez duras críticas à política de preços da adotada pela Petrobras e afirmou que os aumentos foram excessivos.

Silva e Luna é o atual diretor da Itaipu Binacional e disse ao blog que estaria sendo “invasivo” e “ilegítimo” se opinasse sobre os rumos da Petrobras antes de ter o nome aceito pelo conselho da empresa.

O general reforçou que é um gestor reconhecido e que pretende atuar para manter a Petrobras como uma empresa rentável e que orgulhe o país.

Silva e Luna disse ainda que assumir o comando da empresa será um dos muitos desafios ao longo de sua vida. “O maior de todos, mas o gigantismo dele não me intimida”, afirmou.

O general afirmou também que pretende contar com as pessoas que já estão na empresa e com os ministros das Minas e Energia e da Economia em sua gestão.

“Nem começo sem antes ouvir o ministro das Minas e Energia e Economia”, afirmou.

O anúncio da indicação de Silva e Luna foi feito na sexta-feira (19) um dia depois do presidente Jair Bolsonaro fazer críticas à gestão da Petrobras e às sucessivas altas no preço dos combustíveis.

“Nesses dois meses nós vamos estudar uma maneira definitiva de buscar zerar o imposto para ajudar a contrabalancear esses aumentos, no meu entender excessivo, da Petrobras. Mas eu não posso interferir, nem iria interferir na Petrobras, se bem que alguma coisa vai acontecer na Petrobras nos próximos dias, você tem que mudar alguma coisa, vai acontecer”, disse em transmissão na quinta.

Bolsonaro afirmou que o último reajuste de preço da Petrobras foi “fora da curva”.

“Teve um aumento, no meu entender, aqui, eu vou criticar, um aumento fora da curva da Petrobras. 10% hoje na gasolina e 15% no diesel. É o quarto reajuste do ano. A bronca vem sempre para cima de mim, só que a Petrobras tem autonomia”, afirmou.

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Fonte: GE – Globo Esporte.

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