Dois homens que ficaram feridos com o deslizamento no Morro da Boa Esperança, em Piratininga, Niterói, Região Metropoliana do Rio, continuavam internados na
Redação Publicado em 12/11/2018, às 00h00 - Atualizado às 07h40
Dois homens que ficaram feridos com o deslizamento no Morro da Boa Esperança, em Piratininga, Niterói, Região Metropoliana do Rio, continuavam internados na manhã desta segunda-feira (12).
Um deles estava no Hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, e outro no Hospital Estadual Alberto Torres, em São Gonçalo.
Na tarde de domingo (11), morreu o menino Arthur Caetano Carvalho, de 3 anos, um dia após ser soterrado pelo deslizamento. Com ele, chegou a 15 o número de vítimas da tragédia. Nicole, sua irmã caçula, de 8 meses, morrera no desabamento.
Ainda no domingo, os bombeiros encerraram as buscas por pessoas soterradas. Onze das 15 vítimas foram enterradas até o fim do dia.
Além das sete casas que foram destruídas com o deslizamento, muitas também foram interditadas pela Defesa Civil. Mais de 20 famílias estavam abrigadas em uma escola da região que fica perto do local da tragédia.
As doações que foram recebidas, como alimentos, itens de higiene, água e roupas de cama, foram colocadas no ginásio da escola.
Para ajudar os moradores que perderam os documentos e dar orientação jurídica, a Defensoria Pública atuará a partir das 9h desta segunda-feira (12) em um terreno ao lado do Morro da Boa Esperança.
Sete da mesma família:
Crianças irmãs:
Neto e avó:
Casal de namorados:
Outras vítimas:
O Corpo de Bombeiros foi acionado por volta das 4h13 de sábado (10). Dez imóveis, sendo nove residenciais e uma pizzaria, desabaram após deslizamento de um pedaço da encosta.
A Defesa Civil Municipal disse que houve a ruptura de um maciço em uma área de preservação ambiental acima da comunidade Boa Esperança. Choveu bastante na Região Metropolitana desde quarta-feira (7). O secretário de Defesa Civil, comandante Roberto Robadey, afirma que a cidade estava em estágio de atenção por conta das chuvas dos últimos dias.
“Choveu muito nos últimos dois dias. Niterói estava em estágio de atenção e alerta de acordo com a área, e as comunidades estavam avisadas dessa situação, com recomendação para buscar locais seguros”, disse à GloboNews (veja a entrevista no vídeo abaixo).
Ainda segundo a Defesa Civil, a região não era diagnosticada como de alto risco geológico dentro do mapeamento de risco do Departamento de Recursos Minerais do Governo do Estado (DRM), que norteia a atuação da Defesa Civil.
O prefeito de Niterói, Rodrigo Neves (PDT), ratificou que o local não era considerado de alto risco geológico, e que a tragédia foi causada por uma “rachadura no maciço” da encosta.
“Esse fenômeno do dia de hoje não foi deslizamento de encosta. Na realidade, o que ocorreu foi uma rachadura do maciço de um ponto onde infelizmente ocorreu a tragédia.”
Segundo o presidente da associação de moradores do Morro da Boa Esperança, Claudio dos Santos, alguns imóveis estavam interditados, mas o prefeito nega a informação.
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