Com dois CRMs cassados pelo Conselho Federal de Medicina, Denis César Barros Furtado, mais conhecido como Dr. Bumbum , tentou ingressar na política carioca.
Redação Publicado em 15/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 10h14
Com dois CRMs cassados pelo Conselho Federal de Medicina, Denis César Barros Furtado, mais conhecido como Dr. Bumbum , tentou ingressar na política carioca.
O ex-médico era pré-candidato a vereador da cidade do Rio de Janeiro pelo Patriota 51. Filiado desde 3 de abril de 2020, Denis teve a inscrição na sigla aprovada pelo Tribunal Superior Eleitoral no dia 5 de abril. Nos últimos quatro meses, divulgou a pré-candidatura pelas redes sociais, inclusive com o logo do partido.
Em um vídeo, ele elogia a presidente do partido no Rio, Eliane Cunha, e agradece “por ela ter aberto tantas portas para ele ter a oportunidade de chegar nas pessoas”, no caso futuro eleitores.
No entanto, em uma convenção do diretório municipal, realizada no dia 3 de agosto, foi decidido que ele não seria candidato pelo Patriota. Eliane afirmou que Denis não será um dos candidatos pela e nem poderá se candidatar por outro município, porque seu domicílio eleitoral é na capital. Por já ter passado o prazo para troca de filiação em ano de eleição, que foi no dia 4 de abril, o ex-médico não poderá tentar a vaga por outra sigla.
“Sobre a pré-candidatura de Denis César Barros Furtado, o diretório municipal do Patriota esclarece que o ex-médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como Doutor Bumbum, não é pré-candidato a vereador nas eleições no Rio de Janeiro, pelo partido. O Patriota informa, ainda, que realizou sua convenção no dia 03/08/2020, quando definiu seus candidatos ao pleito de 2020 e Denis não consta da nominata “, diz a nota oficial do partido.
Réu em morte após plástica
Denis Furtado ganhou notoriedade em julho de 2018, quando foi preso pela morte da bancária Lilian Calixto , paciente dele em um procedimento estético de bioplastia nos glúteos. Bioplastia de glúteo consiste na aplicação da substância PMMA para conseguir maior volume em determinada parte do corpo. Lilian procurou Denis, pois ele se intitulava Doutor Bumbum e, no universo das redes sociais, era um especialista em postar fotos de “antes e depois” das suas pacientes. Denis ficou seis meses preso.
Por decisão da Sétima Câmara Criminal do Rio, a prisão foi substituída por medidas cautelares, como a proibição de se ausentar da comarca do Rio e do país sem autorização judicial. O médico, então, teve os dois registros profissionais cassados, um CRM do Distrito Federal e outro de Goiás. No dia 24 de abril de 2019, o Conselho Federal de Medicina (CFM) manteve a cassação, com unanimidade de votos.
Em liberdade, ele ganha a vida dando cursos de capacitação para médicos e profissionais de saúde em uma sala no Shopping Downtown, na Barra, mesmo local onde funcionava seu consultório (a aplicação do PMMA em Lilian aconteceu no apartamento do médico, uma cobertura, também na Barra).
O CFM confirmou que ele não pode mais exercer a medicina e não é alcançado pelas normas dos conselhos de medicina. Ainda informou que, quaisquer atividades anunciadas por ele, “que impliquem em atos exclusivos da prática médica, conforme previsto em lei, podem ser consideradas como exercício ilegal da medicina”.
Procurado pela reportagem, Denis Furtado não retornou os contatos.
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iG
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