Diário de São Paulo
Siga-nos

Dossiê Del Valle: analisamos os gols feitos e sofridos pelo rival do Corinthians na Sul-Americana

A missão do Corinthians na Copa Sul-Americana não é nada fácil.

Dossiê Del Valle: analisamos os gols feitos e sofridos pelo rival do Corinthians na Sul-Americana
Dossiê Del Valle: analisamos os gols feitos e sofridos pelo rival do Corinthians na Sul-Americana

Redação Publicado em 25/09/2019, às 00h00 - Atualizado às 09h17


A missão do Corinthians na Copa Sul-Americana não é nada fácil.

Derrotado pelo Independiente del Valle por 2 a 0 na Arena Corinthians, o Timão viajou para Quito, no Equador, com a necessidade de fazer o resultado. Se devolver os 2 a 0, leva a decisão para os pênaltis. Para se classificar direto, precisa vencer por dois gols de diferença desde que faça três ou mais gols (3 a 1, 4 a 2…).

O GloboEsporte.comanalisou todos os gols marcados e sofridos pelo Del Valle na Sul-Americana e traz um dossiê de pontos fortes da equipe equatoriana – muitos que, obviamente, foram vistos na derrota do Corinthians na Arena, no que o presidente Andrés Sanchez chamou de “aula de futebol”.

Opção pelo lado esquerdo, Dájome (camisa 11) participou de muitos gols da equipe, que teve ainda no centroavante Cabeza e no meia argentino Pellerano nomes importantes nesta campanha.

Em nove partidas na competição, a equipe marcou 15 gols e sofreu sete.

Abaixo, veja como o Del Valle construiu a sua campanha:

Primeira fase

O Independiente del Valle enfrentou o Unión de Santa Fé, da Argentina, na primeira fase, mas ainda sob velha direção. Com o espanhol Ismael Rescalvo no banco, a equipe perdeu por 2 a 0 fora de casa no dia 20 de março. A equipe argentina, aliás, ainda desperdiçou dois pênaltis na partida.

  • (1-0) O primeiro gol do Santa Fé saiu por um erro de posicionamento da defesa. Um dos jogadores deu bote errado no meio, e Nicolás Mazzola beneficiou-se da condição dada pelo lateral Landázuri. Mazzola partiu livre em disparada e bateu no canto direito do goleiro;
  • (2-0) O segundo, nos acréscimos, nasceu de uma cobrança de escanteio pelo lado esquerdo. A defesa do Del Valle afastou o primeiro lance. No segundo, ninguém abafou o cruzamento, o goleiro deu rebote, e a bola ficou viva na área. Augusto Lotti chutou no canto direito alto.

No jogo de volta, em Quito, em 17 de abril, o Del Valle mostrou uma de suas características ao marcar um gol com sete minutos – na segunda chance clara de gol. O Del Valle, desde o início, mostra intensidade.

  • (1-0) O gol foi de Alejandro Cabeza, o camisa 9, que arrancou pela esquerda, driblou o zagueiro com um corte de perna esquerda, e bateu de direita, no cantinho esquerdo baixo do goleiro;
  • (2-0) O segundo começou com o camisa 16 Pellerano, que carregou a bola e abriu para Dájome na direita. O camisa 11 recebeu na ponta da área, limpou o lateral e chutou cruzado. A bola bateu num zagueiro argentino e entrou.

Com um 2 a 2 no agregado, a decisão foi para os pênaltis, e o Del Valle ganhou por 4 a 2.

  • O goleiro Piedra, hoje reserva, foi quem jogou. Caiu três vezes para o lado direito e uma para o esquerdo. Espalmou uma bola no canto baixo direito e viu outra bater no travessão;
  • Converteram seus pênaltis Fernández (canto direito baixo), Pellerano (porrada no meio do gol), Dájome (canto direito baixo) e Ayala (canto direito baixo).

Segunda fase

Em abril, o espanhol Ismael Rescalvo aceitou uma proposta do Emelec e foi desligado do Del Valle. O time liderava o campeonato equatoriano. Também espanhol, Miguel Ángel Ramírez assumiu.

– À vista simples parece uma linha continuísta, mas há fundamentos diferentes dos que vinham sendo trabalhados. Defensivamente buscamos um comportamento distinto e queremos ser mais agressivos e pressionar mais acima do que estavam acostumados – disse o novo técnico.

Miguel Ángel Ramírez, técnico do Independiente del Valle — Foto: Marcelo Braga

Miguel Ángel Ramírez, técnico do Independiente del Valle — Foto: Marcelo Braga

Em 23 de maio, a equipe estreou na Sul-Americana com o novo técnico diante da Universidad Católica. E fez 5 a 0 em Quito. Em 20 minutos, já ganhava por 4 a 0.

  • (1-0) O placar foi aberto com dois minutos. O time cobrou uma falta rápida no meio-campo, e a bola chegou na ponta esquerda. Dájome tocou para Pellerano na linha de fundo, que cruzou, Alejandro Cabeza se antecipou entre dois zagueiros, esticou a perna e marcou;
  • (2-0) Com nove minutos, o segundo. O goleiro fez passe no chão para Pellerano, que deu enfiada de bola longa para Alejandro Cabeza, que acabou derrubado pelo goleiro. Pênalti cobrado por Pellerano, que deu porrada (desta vez) baixa no canto esquerdo;
  • (3-0) O terceiro gol saiu aos 12. Passe na esquerda, cruzamento de Segovia (camisa 2) no chão, e mais um gol de Alejandro Cabeza, que se antecipou ao zagueiro e marcou;
  • (4-0) Aos 20, o quarto gol: Pellerano cobrou falta da esquerda, Landazari tentou o desvio, não conseguiu, e a bola entrou direto no gol. Jogada de sorte.
  • (5-0) O último gol saiu no segundo tempo, as 13. Dájome fez jogada individual na esquerda, mas chutou num jogador do próprio time. Após novo cruzamento tirado pela defesa, Franco (camisa 21) chutou, a bola bateu na zaga e sobrou para Dájome marcar com categoria.

Uma semana depois, o Del Valle perdeu o jogo de volta no Chile por 3 a 2, passando pelo saldo. Mais uma vez, mostrou uma de suas principais características: a intensidade desde os primeiros minutos. Até por isso, saiu na frente.

  • (0-1) Mesmo em vantagem no agregado, o Del Valle abriu o placar com 3 minutos, em contra-ataque bem puxado. Após bola perdida no meio, Cabeza puxou contra-ataque e tocou para Franco (21) na esquerda, que bateu na saída do goleiro;
  • (1-1) A Católica empatou aos 23 em lance de bola parada. Após falta cobrada na esquerda, Pellerano largou a marcação, e Cornejo marcou de cabeça;
  • (2-1) A Católica virou dez minutos depois, com duas falhas individuais do Del Valle. Em ligação direta da defesa chilena, a bola chegou na direita para Fuenzalida, o zagueiro Schunke falhou ao tentar cortar e não achar nada, e o ponta cruzou para a área. O atacante Riascos (aquele) deu um chute fraco, mas o goleiro Pinos engoliu UM FRANGAÇO por baixo das pernas;
  • (3-1) O terceiro da Católica saiu em jogada de escanteio pela direita: León (camisa 27) cortou para trás, e Preciado (camisa 17) colocou contra o patrimônio. Besteira coletiva;
  • (3-2) Aos 40 do segundo tempo, Dájome roubou bola na ponta esquerda, puxou contra-ataque, tabelou com Pellerano, recebeu na esquerda e bateu de primeira. Golaço.
Cristian Dájome e Cabeza se destacaram contra a Católica — Foto: José Jácome / EFE

Cristian Dájome e Cabeza se destacaram contra a Católica — Foto: José Jácome / EFE

Oitavas de final

O Del Valle ficou no 0 a 0 com o Caracas no primeiro duelo entre as equipes, na Venezuela, em 10 de julho. Uma semana depois, a equipe equatoriana venceu por 2 a 0 dentro de sua casa.

  • (1-0) O primeiro gol demorou 60 minutos para sair. O zagueiro León encontrou um passe pelo meio da defesa para o lateral-direito Landázuri, que não dominou. Franco, de primeira, deu no ângulo esquerdo do goleiro do time venezuelano. Um lindo gol.
  • (2-0) A 15 minutos do fim do jogo, o segundo gol. O Caracas cobrou um escanteio, e a defesa do Del Valle iniciou um contra-ataque com Landázuri. Ele tocou a bola na ultrapassagem de Sánchez (camisa 15) na direita, que cruzou para a área e achou Dájome, livre no segundo pau, que só teve o trabalho de empurrar para o gol.

Quartas de final

O gigante Independiente, da Argentina, foi o adversário do Del Valle nas quartas de final. Em Avellaneda, a equipe argentina venceu por 2 a 1.

  • (0-1) Quem saiu na frente, porém, foi o time equatoriano, depois de 60 minutos de jogo, aproveitando-se de uma falha de Benítez. O meia argentino foi virar uma bola no campo de defesa, mas a entregou nos pés de Sánchez, que chutou de fora de área e abriu o marcador.
  • (1-1) O empate veio 11 minutos depois, em pênalti cometido por León na ponta esquerda da defesa. Romero bateu no canto direito, o goleiro Pinos caiu do lado certo, mas não pegou.
  • (2-1) O gol da virada dos argentinos saiu nos acréscimos. Num escanteio pelo lado esquerdo, Benítez se antecipou ao zagueiro, escorou para a pequena área, e Romero completou se antecipando à marcação de Franco dentro da pequena área, que deu uma vacilada.

Em Quito, vitória por 1 a 0 e classificação garantida para a semifinal. O jogo foi uma grande pressão da equipe equatoriana, que exigiu diversas defesas do goleiro Campaña.

  • O gol saiu depois de 78 minutos. Sánchez fez jogada de fundo pela esquerda, cruzou para trás, e o atacante espanhol Dani Nieto bateu de esquerda para marcar o gol da classificação.
Dani Nieto fez o gol que levou o Independiente del Valle para a semifinal — Foto: José Jácome/EFE

Dani Nieto fez o gol que levou o Independiente del Valle para a semifinal — Foto: José Jácome/EFE

Semifinal

O Corinthians perdeu por 2 a 0 dentro da Arena sendo dominado e criando poucas oportunidades. O Del Valle, inclusive, teve um gol anulado após análise do VAR, que apontou impedimento.

  • O lance do gol anulado, logo aos 10 minutos aconteceu em lançamento para Dájome, na esquerda, que recebeu dentro da área, mas deve a bola abafada por Cássio. O rebote acertou o zagueiro Gil, que mandou a bola para dentro. A arbitragem, porém, assinalou impedimento na origem, no lançamento para Dájome.
  • (0-1) O placar foi aberto aos 43, em contra-ataque de novo pela esquerda. Gabriel Torres recebeu, buscou a tabela com Dájome, mas recebeu passe de Gabriel, o que tornou o lance legal. Livre, bateu de direita na saída de Cássio.
  • (0-2) O segundo gol nasceu em erro de passe no meio campo. A bola chegou em Cabeza na direita, que carregou e cruzou no segundo pau para Gabriel Torres marcar o segundo.
Corinthians x Indpendiente del Valle — Foto: Marcos Ribolli

Corinthians x Indpendiente del Valle — Foto: Marcos Ribolli

Compartilhe  

Tags

últimas notícias