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‘Dormiam com máscaras, pegaram o vírus agora, não adianta’, diz Bolsonaro

Após várias autoridades, principalmente no Judiciário , terem pegado Covid-19 nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro disse que não adiantou terem

‘Dormiam com máscaras, pegaram o vírus agora, não adianta’, diz Bolsonaro
‘Dormiam com máscaras, pegaram o vírus agora, não adianta’, diz Bolsonaro

Redação Publicado em 25/09/2020, às 00h00 - Atualizado às 09h29


Presidente voltou a defender o uso dos remédios cloroquina e hidroxicloroquina

Após várias autoridades, principalmente no Judiciário , terem pegado Covid-19 nas últimas semanas, o presidente Jair Bolsonaro disse que não adiantou terem usado máscara e substituído o aperto de mão pelo cumprimento com o cotovelo.

Ao menos nove pessoas que participaram da cerimônia de posse do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux , ocorrida em 10 de setembro, informaram nos dias seguintes terem pegado a doença, entre elas o próprio Fux, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, a também ministra do STF Cármen Lúcia, e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

“Fico vendo Brasília. A alta cúpula do poder em Brasília, alguns do Executivo, do Judiciário bastante, do Legislativo também. Máscaras 24 horas . Dormiam com máscaras, cumprimentam assim”, disse Bolsonaro, fazendo um cumprimento com o cotovelo.

“Pegaram o vírus agora, não adianta. O que eu ficava falando lá atrás: toma cuidado quem tem comorbidades, esperando vacina, um remédio comprovado cientificamente, mas não adianta, vai acabar pegando. E, ficando em casa, não resolve nada. Um dia vai ter que sair da toca, sair de casa e vai acabar pegando o vírus .”

Bolsonaro voltou a defender o uso dos remédios cloroquina e hidroxicloroquina no tratamento de Covid-19, mesmo sem eficácia comprovada cientificamente.

“No Planalto, mais de 200 pegaram o vírus. Quase todos ali tomaram a cloroquina e ninguém sequer foi hospitalizado. Pela observação, deu certo. Agora, vem aquela historinha do passado: ‘ah, não tem confirmação científica’. E daí? Olha o ‘e daí’ de novo. Qual a alternativa? Não tinha alternativa. Toma a hidroxicloroquina ou não toma nada”, disse Bolsonaro.

O “e daí de novo” é uma referência à  resposta que ele deu em 28 de abril aos ser questionado sobre o recorde de mortes na época, quando foram registrados 474 óbitos em 24 horas, totalizando 5 mil. Hoje, já são, segundo o Ministério da Saúde, quase 140 mil brasileiros mortos pelo novo coronavírus .

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iG
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