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Doria cita ‘desencanto’ que causou ao sair da Prefeitura e diz que vai priorizar a segurança em SP

O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, disse em entrevista ao SP1 que causou “desencanto” ao deixar a Prefeitura da capital para se

Doria cita ‘desencanto’ que causou ao sair da Prefeitura e diz que vai priorizar a segurança em SP
Doria cita ‘desencanto’ que causou ao sair da Prefeitura e diz que vai priorizar a segurança em SP

Redação Publicado em 12/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 17h19


O candidato do PSDB ao governo de São Paulo, João Doria, disse em entrevista ao SP1 que causou “desencanto” ao deixar a Prefeitura da capital para se candidatar ao Executivo estadual. O tucano também prometeu que, se eleito, irá priorizar a Segurança Pública.

Doria deixou a Prefeitura em abril, 15 meses depois de tomar posse. Em seu lugar assumiu o também tucano Bruno Covas.

Questionado pelo jornalista César Tralli sobre a taxa de rejeição apresentada na última pesquisa eleitoral (31% no estado e 48% na capital), respondeu: “O desencanto não foi com a gestão, mas foi com a decisão. E eu compreendo até a chateação de algumas pessoas que votaram em mim para que eu cumprisse o meu mandato à frente da Prefeitura de São Paulo. Compreendo e respeito, mas tenho procurado dar uma boa resposta”, afirmou.

O candidato disse que, se eleito, poderá “ajudar a capital”. “O governo do estado, especificamente na capital, tem uma participação muito ativa, muito importante. Me elegendo governador de São Paulo, vou poder ajudar o Bruno Covas, ajudar a cidade de São Paulo e os outros 644 municípios especificamente na área de educação, saúde, habitação, segurança pública e transporte.”

Segurança

Doria afirmou que a prioridade em seu governo será a Segurança Pública. Ele prometeu a criação de mais 17 Batalhões de Ações Especiais (Baeps), da Polícia Militar, e Departamentos Estaduais de Investigação Criminal (Deics), da Polícia Civil, regionais.

“Os batalhões são 300 policias militares altamente treinados, padrão Rota, e com a Rota não se brinca. E nós teremos esses batalhões nessas regiões do estrado de SP: litoral, região metropolitana, capital e interior”, disse. E os Deics regionais também. Serão equipados, armados, treinados e colocados em condição.”

Questionado sobre de onde viria o dinheiro para essas melhorias, afirmou que faria boa gestão, inclusive transferindo policiais de serviços internos para a rua.

Saúde

Doria também respondeu sobre sua gestão à frente da Prefeitura da capital. Questionado sobre as filas de exames médicos na cidade, que chegaram a ser zeradas com o programa Corujão da Saúde, mas retornaram depois, respondeu: “A população de São Paulo são 12 milhões de habitantes. Sempre teremos problemas, sobretudo na área da saúde, muito pressionada pelo desemprego”.

Segundo ele, em agosto a média do tempo de espera para a realização de exames era de 42 dias. “Há filas, mas são filas suportáveis. O ideal é que não houvesse fila nenhuma. Mas não há nenhum lugar do país onde você não tenha fila para atendimento médico”, disse.

Questionado sobre a reestruturação do atendimento básico de saúde, plano anunciado pouco antes de o tucano deixar a Prefeitura e que não deu certo, Doria disse: “Toda gestão você faz um planejamento para que seja executado e bem-sucedido. Às vezes isso não acontece, isso é normal, mesmo em empresas privadas”.

O plano pretendia fechar 108 AMAs e transferir seus atendimentos às UBSs. Em agosto, o projeto foi interrompido pelo seu sucessor. “O Bruno Covas, de maneira acertada, até ouvindo a Promotoria pública e ouvindo sobretudo os usuários, entendeu acertadamente que era melhor postergar a decisão e voltar o processo ao que era antes. Ele fez isso. Temos de ter humildade.”

Cidade Linda

A decisão da Justiça tornar Doria réu por se beneficiar pessoalmente da divulgação do programa de zeladoria Cidade Linda foi abordada durante a entrevista. “Não é a sentença definitiva, por isso que a Justiça falha, depois ela corrige. Não é a sentença definitiva em primeira instância. Eu contesto. Evidentemente eu respeito, mas contesto”, afirmou.

O candidato negou ter se beneficiado, e citou marcas de programas de outros governos, como “Cidade Limpa” e “Minha Casa Minha Vida”. “A sinalização foi feita na cidade, no exercício da zeladoria da cidade. Na limpeza das praças, das ruas, da elaboração de novas calçadas. Isso já foi feito em vários outros programas, estaduais, federais e municipais. Portanto a resposta será dada na próxima instância da Justiça. Importante é que estamos tranquilos em relação a isso.”

Entrevistas

A série de entrevistas do SP1 com os candidatos ao governo de São Paulo mais bem colocados na última pesquisa eleitoral começou na segunda (10). A ordem das entrevistas foi definida por sorteio realizado na sexta (7), na sede da TV Globo em São Paulo, com a presença de representantes dos partidos. Veja a ordem:

10/9 (segunda-feira) – Márcio França (PSB)

11/9 (terça-feira) – Professora Lisete (PSOL)

12/9 (quarta-feira) – João Doria (PSDB)

13/9 (quinta-feira) – Luiz Marinho (PT)

14/9 (sexta-feira) – Paulo Skaf (MDB)

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