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Dólar poderia estar mais baixo sem ruído político, diz Guedes

O dólar poderia estar mais baixo não fossem os ruídos políticos, disse hoje (7) o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública na Câmara dos

Dólar poderia estar mais baixo sem ruído político, diz Guedes
Dólar poderia estar mais baixo sem ruído político, diz Guedes

Redação Publicado em 08/07/2021, às 00h00 - Atualizado às 08h18


Ministro ouviu cobranças de cálculos da reforma administrativa

O dólar poderia estar mais baixo não fossem os ruídos políticos, disse hoje (7) o ministro da Economia, Paulo Guedes, em audiência pública na Câmara dos Deputados. Ele declarou que a guerra política tem reflexos no mercado financeiro.Dólar poderia estar mais baixo sem ruído político, diz GuedesDólar poderia estar mais baixo sem ruído político, diz Guedes

“O dólar poderia estar mais baixo em relação ao real se não tivesse essa guerra nossa”, afirmou o ministro, sem entrar em detalhes. Ontem (7), o dólar comercial fechou a R$ 5,24, no maior valor desde o fim de maio.

Apesar de pedir maior consenso político, Guedes disse que o dólar alto ajuda alguns setores da economia brasileira, como o turismo interno. Na avaliação dele, o nível atual do câmbio favorece as viagens dentro do país.

“Hoje, com o dólar a R$ 5, o que está acontecendo? Famílias humildes do Brasil inteiro estão se beneficiando porque essa família rica, entre aspas, em vez de estar indo para a Disneylândia levando funcionários e uma porção de gente, está viajando pelo Brasil”, disse. Em sua intervenção, o ministro não relacionou o turismo interno com as restrições a viagens internacionais impostas pela pandemia da covid-19.

Reforma administrativa

O ministro participou de duas audiências públicas na Câmara dos Deputados. Pela manhã, foi à Comissão de Fiscalização Financeira e Controle prestar esclarecimentos sobre a política econômica. E desde o meio da tarde, Guedes fala à comissão especial que discute a reforma administrativa.

Durante a audiência sobre a reforma administrativa, o ministro enfrentou cobranças de deputados da oposição sobre os cálculos do governo com a economia promovida pela reforma. Os parlamentares argumentam que o prazo final para a apresentação de destaques ao texto acaba amanhã (8) e que a falta do detalhamento dos números impede a sugestão de emendas e de alterações.

O ministro respondeu que os números do impacto fiscal da reforma administrativa são públicos e conhecidos desde que a proposta foi enviada ao Congresso, em setembro do ano passado. Guedes, no entanto, comprometeu-se a enviar os dados novamente à comissão especial.

Os deputados cobram a apresentação das cifras, em forma de anexo, aos estudos da reforma. Segundo os parlamentares, o próprio Ministério da Economia divergiu sobre o assunto, divulgando estimativas de economia de R$ 300 bilhões e de R$ 450 bilhões nos próximos dez anos.

Guedes defendeu a diferença, informando que os diversos números consideram diferentes cenários de aprovação da proposta de emenda à Constituição.

Parlamentares que participam da audiência querem que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, prorrogue o prazo de apresentação de emendas e destaques após o envio dos dados detalhados pela equipe econômica.

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AGÊNCIA BRASIL

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