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Dólar opera em queda, perto de R$ 4

O dólar passou a operar em queda nesta quinta-feira (27), seguindo a tendência do dia anterior, com o mercado financeiro de olho no cenário eleitoral e

Dólar opera em queda, perto de R$ 4
Dólar opera em queda, perto de R$ 4

Redação Publicado em 27/09/2018, às 00h00 - Atualizado às 11h05


No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 1,34%, vendida a R$ 4,0275.

O dólar passou a operar em queda nesta quinta-feira (27), seguindo a tendência do dia anterior, com o mercado financeiro de olho no cenário eleitoral e aguardando dados sobre a economia norte-americana depois que o Federal Reserve (BC dos EUA) sinalizou quatro altas de juros nos Estados Unidos até o final de 2019.

Às 10h56, a moeda norte-americana caía 0,36%, vendida a R$ 4,0132.

Com taxas mais altas, os Estados Unidos se tornam mais atraentes para investimentos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil, motivando assim uma tendência de alta do dólar em relação ao real.

Pesquisas eleitorais também estão no radar dos investidores, apontando para um cenário com candidatos mais comprometidos com as reformas sem tração na corrida presidencial.

O Banco Central realiza nesta sessão leilão de até 10,720 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares para rolagem do vencimento de outubro, no total de US$ 9,801 bilhões. Se vender integralmente a oferta desta quinta-feira, terá rolado integralmente o vencimento de outubro.

No dia anterior, a moeda norte-americana caiu 1,34%, vendida a R$ 4,0275.

Novo patamar e perspectivas

A recente disparada do dólar acontece em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que faz aumentar a procura por proteção em dólar.

Investidores têm comprado dólares em resposta a pesquisas que mostram intenção de voto mais baixa para candidatos considerados mais pró-mercado. Na avaliação do mercado, os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto são menos comprometidos com determinados modelos de reformas econômicas considerados fundamentais para o ajuste das contas públicas.

Na prática, as flutuações atuais ocorrem principalmente conforme cresce a procura pelo dólar: se os investidores veem um futuro mais incerto ou arriscado, buscam comprar dólares como um investimento considerado seguro. E quanto mais interessados no dólar, mais caro ele fica.

Outro fator que pressiona o câmbio é a elevação das taxas básicas de juros nas economias avançadas como Estados Unidos e União Europeia, o que incentiva a retirada de dólares dos países emergentes. O mercado tem monitorado ainda a guerra comercial entre Estados Unidos e seus parceiros comerciais e a crise em países como Argentina e Turquia.

A visão dos analistas é de que o nervosismo tende a continuar até que se tenha uma maior definição da corrida eleitoral.

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 subiu de R$ 3,83 para R$ 3,90 por dólar, segundo o último boletim Focus do Banco Central. Para o fechamento de 2019, avançou de R$ 3,75 para R$ 3,80 por dólar.

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