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Dólar fecha em alta e vai a R$ 3,77, com exterior e após pesquisa eleitoral

O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (11), depois de oscilar pela manhã, com a piora do cenário externo. Os investidores também repercutiram a pesquisa

Dólar fecha em alta e vai a R$ 3,77, com exterior e após pesquisa eleitoral
Dólar fecha em alta e vai a R$ 3,77, com exterior e após pesquisa eleitoral

Redação Publicado em 11/10/2018, às 00h00 - Atualizado às 17h25


O dólar fechou em alta nesta quinta-feira (11), depois de oscilar pela manhã, com a piora do cenário externo. Os investidores também repercutiram a pesquisa Datafolhade intenção de votos para o segundo turno da eleição presidencial.

  • Datafolha para presidente, votos válidos: Bolsonaro, 58%; Haddad, 42%

A moeda norte-americana subiu 0,45%, vendida a R$ 3,7786.  Na mínima do dia, chegou a R$ 3,7180, e na máxima, a R$ 3,7856. O dólar turismo fechou a R$ 3,93, sem considerar impostos.

Na semana, o dólar acumulou queda de 1,97%. No mês de outubro, recua 6,42%. Já no acumulado do ano, tem valorização de 14,04%.

O mercado brasileiro de câmbio se mostrou hoje mais sensível que outras moedas emergentes à piora do ambiente de negócios nos Estados Unidos. De acordo com operadores, o ambiente local foi pautado pela cautela, já que amanhã será feriado no Brasil, deixando os ativos daqui mais vulneráveis ao risco de piora lá de fora.

Os índices futuros das bolsas norte-americanas amanheceram no negativo, passaram a subir depois de dados da inflação ao consumidor no país mais fracos do que o esperado, mas depois mudaram de lado novamente. Dow Jones e S&P iniciaram a tarde com recuo superior a 1%. Na véspera, Wall Street já havia tombado diante da percepção do aumento progressivo das taxas de juros pelo Federal Reserve (BC norte-americano).

Nesta quinta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou novamente o Fed pelo aumento dos juros, mas seu assessor econômico, Larry Kudlow, negou que ele estivesse endereçando a política de juros do Fed.

O Banco Central ofertou e vendeu integralmente nesta sessão 7,7 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares. Desta forma, rolou US$ 3,465 bilhões do total de US$ 8,027 bilhões que vence em novembro. Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

O que se observou nos últimos dias, principalmente após o primeiro turno da eleição, foi a busca por novos níveis de equilíbrio para o mercado brasileiro. Em termos técnicos, a cotação do dólar rompeu alguns pontos importantes de suporte.

Um deles foi a região de R$ 3,78, já que representa cerca de 38% do caminho entre a máxima perto de R$ 4,20 alcançada em setembro e a mínima em torno de R$ 3,13 atingida no começo do ano. A marca de 38% é uma das linhas de uma ferramenta de análise técnica chamada Retração de Fibonacci. Além disso, o dólar já está girando abaixo de suas médias móveis de 200 e 100 dias.

Na véspera, o dólar subiu 1,42%, vendido a R$ 3,7617, repercutindo declarações do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) sobre a reforma da Previdência e Eletrobras.

Ajustes nas perspectivas

Desde agosto, a moeda norte-americana vinha se mantendo acima de R$ 4, em meio a incertezas sobre o cenário eleitoral e também ao cenário externo mais turbulento, o que fez aumentar a procura por proteção em dólar.

A expectativa de que a cautela iria predominar nos mercados foi substituída por ajuste de posições nos últimos pregões, em meio ao resultado das últimas pesquisas eleitorais antes do 1º turno.

O mercado prefere candidatos com viés mais reformista e entende que aqueles com viés mais à esquerda não se enquadram nesse perfil. E, diante do resultado do 1º turno, o mercado entende que o país poderá ser governado por alguém com o perfil adequado à sua preferência.

A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 permaneceu em R$ 3,89 por dólar, segundo previsão de analistas de instituições financeiras divulgada por meio de boletim de mercado pelo Banco Central nesta semana. Para o fechamento de 2019, ficou estável em R$ 3,83 por dólar.

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